GREVE NOS SETORES DE SAÚDE E EDUCAÇÃO PIORA CONDIÇÃO DE VIDA DOS DOENTES E DOS ALUNOS
A sétima vaga de greve decretada pela Frente Social, entidade que integra sindicatos da saúde e educação, está a ter, mais uma vez, um impacto negativo na saúde dos doentes que procuram o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) para consultas.
Foi o que a ANG apurou hoje junto daquele que é o maior centro hospitalar do país, que entretanto está a ter uma procura normal, sobretudo nos serviços da Pediatria, Maternidade e Serviços de Urgência, em que os utentes estão a queixar-se de um atendimento muito lento.
Idrissa Djalo, por exemplo, queixa-se de que procura, há três dias, uma vacina para o seu bebé mas que até hoje não conseguiu.
Contou que já entregou o cartão da criança e está a espera do possível atendimento.
“Cheguei e percebi que havia greve, não sabia de nada, mas vou continuar a esperar e, se Deus quiser, vou conseguir uma vez que não estou em condições de ir a clinica neste momento”, disse.
Aua Sané que acompanhou o seu vizinho que sofre dores no estômago, lamentou mais uma
paralisação na saúde, frisando que os mais pobres são os que mais sofrem.
Segundo Sané apesar dos avisos dos técnicos de que vão atender só os doentes mais graves, vão continuar a insistir para que o rapaz que não consegue injerir nada desde domingo seja atendido.
Para Binta Nanque, grávida de cinco meses, as sucessivas greves demonstram o desinteresse dos governantes guineenses aos sectores chaves do país, “porque os seus filhos não estudam e nem frequentam escolas ou hospitais públicos, só lembram do povo nas eleições”.“Já estamos cansados de apelar para que haja um entendimento entre os sindicatos e o Governo, mas parece que ninguém quer saber do outro e um país assim esta a caminhar para a desordem”, disse.
A ANG falou sob anonimato com uma técnica de saúde afeta a Pediatria do HNSM que confirmou a paralisação deste serviço e diz que os Serviços Mínimos traduzem-se no atendimento de casos considerados greves.
A sétima vaga da greve de 03 dias que iniciou hoje prolonga até a próxima quarta-feira.
A Frente Social exige o pagamento de retroativos aos professores reclassificados, a criação de um Gabinete de Apoio e Seguimento aos profissionais de saúde em caso de doença, pagamentos de dívidas aos professores contratados e novos ingressos de 2020 à 2022 e a conclusão do processo de efetivação dos profissionais de saúde colocados no ano 2014/2015 cujo o processo, diz, se encontra no gabinete do Primeiro-Ministro.
Nas escolas públicas, aí reina chalada russa. Desordem e desacato. Escolas funcionam a meio gás.
Aonde estão o PM Rui Duarte Barros e seu Governo para o diálogo com os dirigentes do sindicato? Pena!
Notabanca; 22.10.2024
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