CENTENÁRIO
DE AMÍLCAR CABRAL EM REFLEXÕES
O ato de assassinato de Cabral durante uma jornada em Cabo Verde, revela pura traição contra um amigo e um irmão que projetava sonhos para a liberdade dos povos para se almejar o desenvolvimento sustentável.
Amílcar Cabral foi morto por balas. Koumba Yalá e outras personalidades do país foram mortos com o veneno misterioso durante jornadas políticas ao serviço do povo. O que isto ajudou para a Guiné-Bissau?
A verdade é; Violentar e Matar, Não Resolve os Problemas. Vamos-nos dialogar respeitando sempre, o plasmado nas leis. Sendo único caminho certo para desbloquear eventuais embrulhadas políticas e crises socioeconómicas.
A Deus Cabral!
LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS
𝐀𝐦í𝐥𝐜𝐚𝐫 𝐂𝐚𝐛𝐫𝐚𝐥: 𝟏𝟐.𝟎𝟗.𝟏𝟗𝟐𝟒 - 𝟏𝟐.𝟎𝟗.𝟐𝟎𝟐𝟒
Cerimônia de centenário Amílcar Lopes Cabral no Fortaleza de Amura
Discurso do Presidente da República sobre o centenário de Amílcar Cabral 👉 CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO
Por Lusa 12/09/24
Amilcar Cabral é a figura mais importante da política da Guiné-Bissau
Sissoco Embalo defendeu esta ideia num discurso, no Quartel-General das Forças Armadas, em Bissau, nas celebrações do centenário de Amílcar Cabral que, disse, irão decorrer até final do ano.
Embaló afirmou ter o prazer de anunciar as celebrações do centenário de Cabral, que aos 36 anos, em 1960, interrompeu a sua vida profissional "para se entregar à luta pela libertação e independência" da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
"Recordar Amílcar Cabral significa evocar a mais importante figura da história política da Guiné-Bissau. O homem que a primeira Assembleia Nacional Popular, reunida nas Colinas do Boé, a 24 de setembro de 1973, atribuiu o título de fundador da nossa nacionalidade", enfatizou o Presidente guineense.
Antes de proferir o discurso perante uma parada militar, membros do Governo e corpo diplomático convidado, Sissoco Embaló depositou uma coroa de flores no mausoléu onde repousam os restos mortais de Amílcar Cabral."
A distinção "é o reconhecimento" dos apoios que a Guiné-Conacri prestou ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Cabral e que teve aquele país como "território de retaguarda", notou Sissoco Embaló.
O chefe de Estado guineense destacou as várias qualidades de Amílcar Cabral, nomeadamente "o seu contributo para o desenvolvimento das ciências sociais" o que, frisou, lhe valeu distinções ainda em vida por diferentes instituições académicas mundiais.
Umaro Sissoco Embaló destacou que Cabral se definia como "um simples africano que quis saldar a sua dívida para com o seu povo e viver a sua época", embora tenha tido outras qualidades, disse.
"Amílcar Cabral cresceu e afirmou-se como homem político, cujas dimensões de líder do Movimento de Libertação Nacional, de estratega militar e de teórico revolucionário, contribuíram para a sua reconhecida projeção internacional", enalteceu.
O Presidente sublinhou que, embora Cabral não tenha vivido muitos anos, por ter sido assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 48 anos, foi tempo suficiente para lutar pela independência de dois países.
"A conquista da independência pelos povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde ficará para sempre associada ao nome de Cabral", afirmou Embaló."
Aly Hizaji diz que legado de Amílcar Cabral continua a inspirar gerações
O Ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, sublinhou hoje que o legado de Amilcar Lopes Cabral ainda inspira novas gerações , tanto a nível nacional assim como internacional.
Ao discursar na presença do Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló, e demais personalidades presentes no acto que assinalou os 100 anos de nascimento de Amílcar Cabral , e de 51 anos depois do seu desaparecimento físico, Aly Hizaji recordou que o homem a quem na primeira Assambleia Nacional Popular (ANP) reunida nas Colinas de Boé, no dia 24 de Setembro de 1973, foi atribuiu o título de fundador da nacionalidade guineense, chama-se Amílcar Lopes Cabral.
Hizaji aproveitou o momento para render homenagem aos heróis Combatentes da Liberdade da Pátria, pelos sacrificios consentidos pela causa da independência da Pátria de Amílcar Cabral.
“Hoje, ao comemorarmos os 100 anos de nascimento de Amílcar Cabral e os 51 anos de seu desaparecimento físico, torna-se necessário refletir sobre a necessidade e dimenção do seu pensamento”, sublinhou Aly Hizaji.
Acrescentou que a dimensão do arquiteto da Independência da Guiné e Cabo Verde levou-o a ser considerado, o segundo maior líder mundial, numa lista elaborada pelos históriadores da BBC.
Para Filomeno Correia, um dos participantes do evento, o acto siboliza respeito a pessoa que ontem deu o seu tudo, para libertar os guineenses do colonialismo português, e trazer a liberdade ao seu povo.
Ana Sarafina Quade,por sua vez parabenizou o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e o Governo da Guiné-Bissau pela iniciativa.
“Amilcar Cabral não é só um líder imortal para os guineenses, mas sim é um simbolo africano, que inspira vários Chefes de Estados Os seus ensinamentos sõ ainda lembrados em vários países do mundo, para tal, merece respeito de todos, e a data que marca o seu assassínio, não deve ser esquecido pelo Estado guineense”, diz Ana Sarafina Quadé
Cineastas guineenses apresentam documentário sobre Amílcar Cabral e processo de luta pela Independência da Guiné e Cabo Verde
Os cineastas Flora Gomes, Sana Na N´hada e Suleimane Biai vão apresentar hoje as 19 horas, no Centro Cultural Franco Bissau guineense um documentário de 46 minutos sobre como Amílcar Lopes Cabral preparou e liderou a luta pela independência,intitulado “ Sou um Simples Africano”.
A iniciativa se realiza no quadro das celebrações do centenário do nascimento daquele que é considerado pai da independencia da Guiné e Cabo Verde.
Segundo um spot publicitário fixado no Centro Cultural Francês em Bissau, a apresentação deste primeiro documentário de Flora Gomes Sana Na N´hada e Suleimane Biai alusivo as celebrações dos centenário de Amílcar Cabral, que se assinala hoje (12) será seguida com djumbai dos cineastas com o publico.
“Ha mais de 50 naos, o líder da libertação africano Amílcar Cabral confiou a um grupo de quadro jovens cineastas guineenses a tarefa de documentar a guerra de independencia do país da africa ocidental. Mas antes de poderem terminar o filme, Cabral foi assassinado”, lê-se no cartaz alusivo ao evento.
Flora Gomes, Sana Na Nhada e Suleimane Biai faziam parte do grupo original de jovens quadros escolhidos por Amílcar Cabral para formação em Cuba visando a relização de documentário sobre a luta pela independencia e o custo da ocupação.
Simpose,título do filme a ser apresentado, combina documentário e ficção para contar a história do revolucionário da África Ocidental, Amílcar Cabral e como preparou e liderou a luta pela independencia da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
SISSOCO EMBALÓ FALA SOBRE AMÍLCAR CABRAL
O Presidente da República enalteceu hoje as contribuições de Amílcar Lopes Cabral para o desenvolvimento das Ciências Sociais.
Estas contribuições, segundo Umaro Sissoco Embaló permitiram que Amílcar Cabral seja reconhecido pelas instituções académicas e organizações internacionais, nomeadamente a Universidade de Syracuse, de Nova Iorque, em Fevereiro de 1970, e a Academia de Ciências da antiga União Soviética ,em Julho de 1972.
O chefe de Estado discursava no acto central das comemorações do centenário de Amílcar Cabral, decorrido na Fortaleza da Amura em Bissau.
Acrescentou que Cabral foi em 1972, convidado pela UNESCO(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) para numa reunião de peritos, desenvolver o tema : ”O papel da cultura na luta pela independência.”
Umaro Sissoco Embaló considerou ainda Cabral como um homem de pensamento, com uma personalidade universal.
Disse que recordar Amílcar Cabral significa evocar a mais importante figura da história política da Guiné-Bissau.
“ Amílcar Cabral cresceu e afirmou-se como homem politico, cujas dimensões de líder do Movimento de Libertação Nacional, do estratega militar e do teórico revolucionário, contribuiram para a sua reconhecida projeção internacional”, destacou.
De acordo com Umaro Sissoco Embaló Amílcar Cabral definia-se a si próprio como “um simples africano que quis saldar a sua dívida para com o seu povo, e viver a sua época”.
O chefe de Estado guineense sublinhou que poucos dias antes da sua morte, Amílcar Cabral anunciou, na sua mensagem de Ano Novo, em Janeiro de 1973, a transformação política mais importante da nossa história.
“Vamos, no decurso deste ano, e tão cedo quanto seja possivel, reunir a Assembleia Nacional Popular na Guiné, para que ela cumpra a primeira missão histórica que lhe compete: a proclamação da existência do nosso Estado, a criação de um Executivo para esse Estado e a promulgação de uma Lei Fundamental – a primeira Constituição da nossa história - a qual será a base da existência ativa da nossa nação africana”, referiu citando as palavras proferidas por Amílcar Cbarla.
Disse que os grandes sucessos que foram alcançados em todas as frentes no campo militar e na diplomacia, na ação política e na construção institucional do Estado garantiram a plena concretização da agenda estratégica que Amílcar Cabral tinha definido para 1973.
A conquista da independência pelos povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, diz o PR, ficará para sempre associada ao seu nome.
Amílcar Cabral não viveu muitos anos. Morreu na Republica irmã da Guiné, assassinado em Conacri, na noite de 20 de Janeiro de 1973. Tinha 48 anos de idade.
Umaro Sissoco Embaló disse que, na qualidade de Presidente da República da Guiné-Bissau, é com muito prazer que, hoje, dia 12 de Setembro de 2024, deu início às comemorações do centenário de nascimento de Amílcar Cabral, que a primeira Assembleia Nacional Popular, reunida nas Colinas do Boé, a 24 de setembro de 1973, atribuiu o título de Fundador da nossa Nacionalidade.
Amílcar Cabral tinha 36 anos de idade em 1960, quando decidiu interromper a sua carreira profissional, para se entregar inteiramente à luta de libertação nacional para a independência da Guiné e de Cabo Verde.
Conhecendo essa decisão de Amílcar Cabral, de deixar a sua profissão de Engenheiro Agrónomo, um seu antigo professor, comentou : “a Agronomia ficou mais pobre, mas o mundo ficou muito mais rico.”
Amílcar Cabral instalou-se, a partir de 6 de Maio de 1960 em Conacri, capital da vizinha República da Guiné, independente desde 1958, seria, com o apoio do Presidente Sekou Touré, a retaguarda segura que o PAIGC teve, durante quase 14 anos.
O aquartalamento da Amura abriu as suas portas e recebeu a população de Bissau para o centenário de Amílcar Cabral cujas ecelebrações vão prolongar até ao próximo mês de Novembro.
Presentes na cerimónia estiveram a segunda Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular,Adja Satú Caamará, Primeiro-ministro,Rui Duarte Barros Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Lima André António, Presidente do Tribunal de Contas, membros do Corpo Diplomático e Representantes dos organismos internacionais e o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, General Biague Na Ntan.
Notabanca; 12.09.2024
Sem comentários:
Enviar um comentário