quinta-feira, 11 de julho de 2024

NUNO NABIAM ADVERTIU QUE APARTIR DE 27 DE FEVEREIRO DE 2025 SISSOCO EMBALÓ NÃO É PRESIDENTE APESAR DE TER ARMAS BÉLICAS NO PALÁCIO

“Mandato do Presidente termina no dia 27 de fevereiro. Meia-noite mais um minuto, Sissoco Embaló já não é Presidente”. Advertiu Nuno Gomes Nabian em conferência de imprensa realizada hoje na sua residência em Bissau.

O antigo Primeiro-ministro e líder da APU-PDGB disse registar-se constantemente, chegada de contentores de armamentos no Porto de Bissau que são descarregados e encaminhados diretamente para o Palácio da República.

Nabiam denunciou ainda que Sissoco Embaló dispõe de grande quantidade de armas bélicas no Palácio da República. Dai a razão de criação de um batalhão da força militar denominado, “Anti Golpe” armado até aos dentes no cheio das estruturas das Forças Armadas guineense para o defender quando rejeitar os resultados eleitorais e permanecer coercivamente no poder.

Nabian vai ainda mais longe em acusar Sissoco Embaló de ter conhecimento de proliferação de drogas na Guiné-Bissau. Porque, segundo Nabian Sissoco Embaló é quem controla a Polícia Judiciaria, Serviços de Informação de Estado, Policia da Ordem Pública. Afirmando que, o avião que aterrou no aeroporto de Bissau “supostamente, trouxe várias vezes drogas para Guiné-Bissau”, perante as autoridades do país.

O político apuano lembrou o envolvimento de algumas personalidades no tráfico de drogas, incluindo o ministro do Interior, Botche Candé que terá sido exonerado no cargo por suspeito de tráfico de droga.

O ex-primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, denunciou que o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, tem um plano de dominar o país e de afastar as chefias militares da etnia Balanta das estruturas militares da Guiné-Bissau.

“É um homem que cria cenários estranhos, medonhos e étnicos para dividir para melhor reinar. É um dos maiores divisionistas que o país tem neste momento”, afirmou o líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), durante uma conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, 11 de julho de 2024, para anunciar o seu regresso efetivo à política, depois de ter estado ausente do cenário político a cumprir ritual de fanado.

“AS FORÇAS ARMADAS NÃO TÊM NOÇÃO DA DROGA QUE CIRCULA NO PAÍS E DAS ARMAS QUE ESTÃO NA PRESIDÊNCIA”

Nabian afirmou aos jornalistas que Umaro Sissoco Embaló assinou acordo de petróleo com o Presidente Macky Sall e queria que ele (Nuno Nabian) fosse um homem de “dupla personalidade” e mentisse que ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Suzi Carla Barbosa, que supostamente teria se posicionado contra esse acordo, saísse do aeroporto para não acompanhar a consumação do plano que tinha com Macky Sall.

O líder da APU-PDGB denunciou que, quer o Estado, quer as forças armadas do país não têm a noção da quantidade da droga que circula no país e as armas que o Presidente Sissoco tem no Palácio da República e disse que quando falou da droga não o fez de ânimo leve, fê-lo, sim, no sentido de alertar as autoridades de que era urgente acionar os mecanismos para estancar a prática no país.

“Umaro Sissoco Embaló é responsável de todas as instituições e como tal deve ter conhecimento da circulação da droga no país. Um avião que está a ser investigado pela Polícia Judiciária aterrou no aeroporto com droga, mas não se fez nada até ao momento. A PJ abriu investigação, mas até agora não foi concluída”, disse e denunciou que Umaro Sissoco Embaló tem agido com falta de transparência desde que assumiu as funções, bem como cometeu atrocidades.

Segundo Nuno Gomes Nabian, o projeto de requalificação da cidade de Bissau e algumas estradas e artérias da capital tinha sido ignorado pelo chefe de Estado, facto que levou o projeto a ficar quase dois anos sem ser executado.

“A obra de melhoramento da pista do aeroporto tinha sido orçada em 90 milhões de euros, quando a empresa SUMMA International assumiu os trabalhos e teria 20 anos de exploração, mas fez-se tudo ao contrário. A obra passou de 90 para 120 milhões de euros por um período de 40 anos, com a SUMMA Bissau, nova empresa”, revelou Nabian, tendo desafiado os órgãos de investigação a abrirem um inquérito sobre a atuação do Presidente Sissoco, sobretudo nos casos da droga, obras de melhoramento do aeroporto e a requalificação da cidade de Bissau.    

    Nuno Gomes Nabian alertou que a partir do dia 27 de fevereiro de 2025, às zero horas e um minuto, Umaro Sissoco Embaló perderá o estatuto do Presidente da República, por isso defendeu que é urgente realizar as eleições presidenciais.  

O ex-primeiro-ministro disse que desde a independência a Guiné-Bissau não conseguiu traçar um rumo certo das coisas para construir o país, nem encontrar soluções para desenvolvê-lo e que há mais de cinquenta anos a Guiné-Bissau não foi capaz de construir nada.

Nuno Gomes Nabian pediu uma investigação independente contra o Presidente da República pelas atrocidades, violações dos direitos humanos, espancamento dos cidadãos e ativistas políticos, bem como pelo tráfico de droga na Guiné-Bissau.

O presidente da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau disse que o chefe de Estado criou um batalhão de anti-golpe no país, porque está a preparar-se para rejeitar os resultados eleitorais.

O ex-primeiro-ministro disse que desde a independência os guineenses não conseguiram traçar um rumo certo das coisas para construir o país, nem encontrar soluções para desenvolvê-lo e que há mais de cinquenta anos que a Guiné-Bissau não foi capaz de construir nada.

Admitiu que nas últimas eleições presidenciais que concorreu em 2014 com José Mário Vaz foi induzido a erros de negar os resultados, mas não se enveredou por essa via por ter sido persuadido por pessoas que tinham em mente que era possível mudar o rumo das coisas.

Nuno Gomes Nabian acusou o atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de ser um dos piores falhanços e aposta que o país e os guineenses tiveram de escolhê-lo como Presidente da República, porque “estava a ser guiado por diabo”, fato que o levou a divorciar-se com todas as figuras e líderes políticos que o apoiaram em 2019, na segunda volta das eleições presidenciais.

“O Presidente do Congo aconselhou-o a eliminar a política económica e, se calhar, politicamente   todos aqueles que o apoiaram e levaram-no ao poder. É um Presidente que não tem a capacidade de buscar consensos quando se está perante problemas que requerem muita ponderação. É um Presidente nervoso”, indicou.

Nuno Gomes Nabian desafiou outros líderes políticos a abandonarem os seus lugares de conforto no exterior e vir enfrentar os desafios para defender a sua causa.

Denunciou que o chefe de Estado terá movimentado, por meio de um decreto presidencial, membros do seu governo sem que tenha informações ou solicitado remodelação e disse que decidiu gerir os atropelos de Sissoco Embaló até ao membro, porque se tratava de um projeto que tinha a sua volta pessoas comprometidas com a verdade e a causa nacional.

“Os atropelos de Umaro Sissoco Embaló em vários assuntos são sistemáticos e consubstanciam numa anarquia total, que chega a presidir as reuniões do Conselho de Ministros sem avisar, nem facultar previamente a agenda ao primeiro-ministro”, afirmou o líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), durante uma conferência de imprensa realizada esta quinta-feira, 11 de julho de 2024, para anunciar o seu regresso efetivo à política, depois de ter estado ausente do cenário político a cumprir ritual de fanado.

Questionado pelos jornalistas se terá recebido de alguém dinheiro para terminar a sua casa, Nabian nega que tenha recebido algo de alguém para construir a sua casa, onde atualmente reside, tendo alertado que o Presidente da República pode usar todos os mecanismos e o dinheiro que tem para comprar consciências, mas jamais ganhará eleições na Guiné-Bissau.

O político desafiou as autoridades nacionais, órgãos com com poder para investigar, a investigarem Sissoco Embaló, sobretudo nas suas viagens e no correio de transporte de dinheiro em que está envolvido.

Em relação às  acusações de Augusto Poquena proferidas contra a sua pessoa, o ex-primeiro-ministro deixou claro que se o regime mudar, moverá uma queixa-crime contra essa figura do grupo de altos  dirigentes do Partido  da Renovação  Social (PRS) para provar todas as acusações que desferiu contra ele.

 Notabanca; 11.07.2024

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