PRESIDENTE DO TIMOR LESTE DEFENDE “PRIMAZIA DA CEDEAO” NA RESOLUÇÃO DA CRISE GUINEENSE
O chefe de Estado timorense defendeu hoje que se deve "dar primazia" à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na questão da Guiné-Bissau, que vive novos momentos de instabilidade política."Eu só acho que há a intervenção política da CEDEAO e é que é preciso dar primazia à organização sub-regional, o que tem para dizer e o que ela exige em relação à situação na Guiné-Bissau", afirmou José Ramos-Horta à Lusa, quando questionado sobre a situação política no país.
"Havendo uma organização sub-regional é melhor darmos primazia ao que a CEDEAO tem para dizer", salientou o líder timorense.
Timor-Leste tem dado, desde há vários anos, apoio à Guiné-Bissau para a realização de eleições no âmbito da cooperação bilateral entre os dois países.
A Guiné-Bissau vive momentos de tensão política desde o passado dia 01 quando elementos das Forças Armadas se envolveram em confrontos, na sequência de uma ação da Guarda Nacional que retirou das celas da Polícia Judiciária dois membros do Governo investigados por alegada corrupção.
De regresso ao país, vindo de uma missão no estrangeiro, o Presidente guineense disse tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado e responsabilizou o parlamento por ser foco da desestabilização do país.
Umaro Sissoco Embaló dissolveu o parlamento e demitiu o Governo saído das eleições e na terça-feira reconduziu Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro de um novo executivo, ainda por formar, mas que disse ser de iniciativa presidencial.
Na última cimeira de chefes de Estado e de Governo, realizada em 10 de dezembro, o Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que preside a organização, disse ser preciso proteger "a democracia", reiterando "tolerância zero da CEDEAO às mudanças inconstitucionais de Governo".
"Exorto todos nós a permanecermos fortes e a estarmos altamente comprometidos face a qualquer desafio na Serra Leoa e na Guiné-Bissau. A mensagem deve ser clara: nós apoiamos um governo democraticamente eleito e não um exercício inconstitucional", salientou.
Notabanca; 16.12.2023
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