CAI CHUVA E FAZ VENTO SIMÕES PEREIRA PERMANECE NO PAÍS APESAR DE “SEIS BILHÕES E RESGATE DO MINISTRO BELISCAR O SEU FUTURO POLÍTICO”
O evento de 1 de dezembro de 2023 em Bissau que resultou em mortos e feridos vem trazer um novo cenário político que ninguém poderia imaginar que seria possível tão cedo, uma eventual captura para a condução ao julgamento sumário e prisão do Domingos Simões Pereira e, consequentemente, o seu afastamento provisório na atividade política da Guiné-Bissau.Sabe-se que, vários elementos da Guarda Nacional estão detidos e projeta-se mais detenções de mais militares e políticos nos próximos dias.
Os tiroteios suscitaram a fuga e procura de proteção do Presidente do PAIGC, da Coligação PAI TERRA RANkA e líder do Parlamento guineense, que se encontrava tão fragilizado e procurado, pela primeira vez em dez anos de combate político entre o ex- Presidente, José Mário Vaz e agora, com o Presidente Umaro Sissoco Embaló.
A quem diga que Domingos Simões Pereira poderá estar tão perplexo no percurso debilitante e espinhoso, politicamente, como agora. Ele encontrava-se refugiado para não ser pego, e ser vítima.
Simões Pereira estava em Bissau num lugar incerto. E as opções que se apresentavam na altura antes da sua aparição pública com efeito de conferência de imprensa na sua residência em Bissau, só apontavam apenas duas opções: Primeiro, “arriscava-se à prisão ou provavelmente, iria ser negociada a sua saída para o exílio político.”
Perante o cenário atual, ficou claro que as coisas já não são tão como esperava. Cai chuva ou faz vento, Simões Pereira vai mesmo permanecer em Bissau exercendo a sua atividade política. Apesar de o caso “seis bilhões de francos cfa beliscar parcialmente a imagem do Governo e do presidente da Coligação PAI Terra Ranka, porque, tudo estava evidente a este efeito, manuseado.
No país, o nível de desconfiança chegou a um certo lugar de suspeitar, tudo e todos. Ninguém não confia em ninguém.
Dizem que, há um “erro evidente cometido pelo Governo do PAI TERRA RANKA que foi ordenar a Guarda Nacional ir retirar o Ministro da prisão”. Este, foi um dos “maiores tiros nos pés nos últimos dez anos” se tivermos em consideração o lema do próprio partido vencedor que fala em “IMPÉRIO DA LEI”. Se de facto está a trabalhar para o império da lei, então constitui um “erro de palmatória tomar-se uma posição contra a justiça.”
Se o Ministério Público, detentor da ação penal manda colocar os dois membros do Governo em detenção, então, nenhuma outra força poderia decidir o contrário tendo em conta o primado da lei e o príncipe da separação de poderes.
Não houve bom senso entre as partes desavindas que resultou em banho de sangue entre militares, e por conseguinte, estamos perante um cenário político muito difícil e só os próximos dias poderão nos confirmar o que irá acontecer no país.
A ver vamos!
Notabanca; 03.12.2023
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