RAYMOND NDONG SIMA NOMEADO PRIMEIRO-MINISTRO DE TRANSIÇÃO DO GABÃO PELOS MILITARES
Os militares do Gabão nomearam Raymond Ndong Sima, um opositor ao deposto presidente Ali Bongo, como o novo primeiro-ministro de transição do país, após o golpe de Estado ocorrido a 30 de agosto.Presidente deposto Ali Bongo Ondimba.
Ndong Sima, economista de 68 anos, foi o primeiro-ministro de Ali Bongo entre 2012 e 2014. Afastou-se do poder, tendo sido regularmente acusado de má gestão. Foi opositor de Bongo nas eleições presidenciais em 2016 e 2023
O general Brice Oligui Nguema, que liderou o golpe de estado a 30 de agosto contra Ali Bongo e nomeou Sima, não especificou por quanto tempo Sima será primeiro-ministro de transição. No entanto, prometeu que, ao final deste período de transição, haverá "eleições livres".
De recordar que na semana passada, o general Nguema tornou-se Presidente interino, através de um decreto assinado por si mesmo, como homem forte do país.
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Fazem parte da CEEAC Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo.
O general Brice Oligui Nguema, que derrubou na semana passada Ali Bongo, tomou posse na segunda-feira como presidente do Gabão durante um período de transição, no final do qual prometeu eleições sem especificar uma data.
No dia 30 de agosto, os militares golpistas anunciaram o “fim do regime” de Ali Bongo Ondimba, que governou o Gabão durante 14 anos, menos de uma hora após a proclamação da sua reeleição nas eleições de 26 de agosto, alegando que estas tinham sido fraudulentas.
No dia seguinte, os golpistas proclamaram o general Oligui Nguema presidente de um Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI).
Os golpistas colocaram Ali Bongo em prisão domiciliária por “alta traição às instituições do Estado” e “desvio massivo de fundos públicos”, entre outros crimes, e anunciaram a nomeação do general Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, como novo “presidente de transição”.
A família de Ali Bongo Ondimba – que se tornou Presidente após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009 – está no poder desde 1967.
O golpe de Estado no Gabão, uma das potências petrolíferas da África subsaariana, é o segundo a ocorrer em África em pouco mais de um mês, depois de o exército ter tomado o poder no Níger, em 26 de julho.
O Gabão juntou-se assim à lista de países palcos de golpes de Estado bem-sucedidos nos últimos três anos, que, para além do Níger, inclui o Mali (agosto de 2020 e maio de 2021), a Guiné-Conacri (setembro de 2021), o Sudão (outubro de 2021) e o Burkina Faso (janeiro e setembro de 2022).
Notabanca; 07.09.2023
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