sexta-feira, 29 de setembro de 2023

PRESIDENTE DE ASSOCIAÇÃO DE PADEIROS RECONFIRMA ACORDO COM GOVERNO PARA BAIXAR PREÇO DO PÃO
O Presidente da Associação dos Padeiros da Guiné-Bissau, reconfirmou hoje a existência de um acordo com o governo que determinou a redução do preço do  pão de 200 para 150 francos CFA.

Braima Djaló desmente assim, em conferência de imprensa, quinta-feira, as declarações   segundo as quais as pessoas que negociaram e assinaram o acordo de  redução do preço de pão com o Governo não estavam habilitadas para o fazer.

Em jeito de reação sobre a polémica instalada a volta do preço de venda do pão em Bissau, Djaló diz que conseguiram chegar a um acordo com o governo depois de três rondas negociais.

Aquele responsável disse que, dantes compravam a farinha de trigo no valor que variava entre 29 à 35 mil francos CFA por saco de 50 quilos, facto que motivou o governo a negociar com os empresários importadores de farinha, no sentido de baixarem o preço, e,  em contrapartida, o preço de pão junto do consumidor seria reduzido.

“Graças a negociações fez-se a redução de taxas de importação, as partes decidiram fixar o preço da farinha em 24.600 francos CFA e foi nesta base que reunimos com os nossos associados e decidimos igualmente baixar o preço de pão para 150 francos mediante um acordo assinado com o Executivo”, salientou.

Braima Jaló acusou o Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seide de ser o mentor do encontro de quarta-feira, entre um grupo de padeiros e o Presidente da República.

“Nós, como dirigentes da Associação dos Padeiros da Guiné-Bissau, não fomos informados sobre o referido encontro  e por isso não participamos pura e simplesmente nele”, disse.

O Presidente da Associação dos Padeiros da Guiné-Bissau, denunciou que, foi o próprio Aliu Seidi quem solicitou o encontro com Umaro Sissoco Embaló à revelia dos responsáveis da associação dos panificadores.

Aquele responsável prometeu acionar uma ação judicial contra Aliu Seidi se este continuar a interferir em assuntos da organização de que não faz parte.

Na semana passada, o Governo ameaçou encerrar as padarias por incumprimento da medida de redução do preço de pão de 200fcfa para 150fcfa, anunciada em Conselho de Ministros, há duas semanas.

Os proprietários das padarias recusam produzir e vender o pão a 150 francos CFA.

A decisão do governo de baixar o preço da farinha de trigo e, consequente reduzir o preço do pão entrou em vigor no passado domingo, (24), mas os padeiros tradicionais decidiram boicotar a produção para protestar contra esta medida governamental.

Na quarta-feira, dezenas de padeiros tradicionais concentraram-se em protesto contra a medida governamental junto ao Palácio da República, e  foram todos recebidos no salão nobre pelo Presidente da República.

 Na ocasião, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, mandou os padeiros tradicionais a venderem o pão ao preço anterior de 200 francos CFA,  portanto,o mais caro que o preço determinado pelo Governo, e em vigor desde domingo último, 24 de Setembro, enquanto decorriam as negociações com o Governo.

Notabanca, 29.09.2023

 

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