GUINÉ-BISSAU DISPÕE DORAVANTE PROJECTO “ PLANO NACIONAL DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICA”
O Governo em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento procederam hoje, em Bissau, ao lançamento do Projeto denominado “Estabelecer Plano Nacional de adaptação as Mudanças Climáticas na Guiné-Bissau”.
O referido Projeto visa fortalecer a capacidade do Governo na adaptação às mudanças climáticas, alinhando-se com os compromissos do país no âmbito das Contribuições Determinadas à Nível Regional (NDCs) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
No ato de abertura de workshop para o efeito a Representante Adjunta Interina do PNUD na Guiné-Bissau Habiba Rodolfo disse que o Projeto tem como objetivo primordial enfrentar as ameaças das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
A iniciativa, de acordo com Habiba Rodolfo, visa
fortalecer as capacidades de a
daptação e a resiliência da Guiné-Bissau, concentrando-se na integração dos
riscos das mudanças climáticas e das estratégias de adaptação nos processos de planeamento,
especificamente, direcionando aos esforços para os sectores da agricultura e do
turismo, identificados como setores promissores
do crescimento econômico, mas que enfrentam uma vulnerabilidade notável
às mudanças climáticas.
Habiba Rodolfo afirmou que, para além deste projecto, o PNUD tem o orgulho de apoiar a Guiné-Bissau na implementação do projeto “ Reforço de Capacidade de Adaptação e Resiliência das Comunidades das Zonas Costeiras Vulneráveis da Guiné-Bissau aos Riscos Climáticos” (projeto COASTAL).
“Este projeto desempenha um papel fundamental na busca de soluções sustentáveis para reforçar a resiliência climática das comunidades costeiras, bem como no planeamento, a longo prazo, nas regiões costeiras e no arquipélago dos Bijagós”, destacou a representante Interina do PNUD na Guiné-Bissau. Reconheceu a magnitude dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Relatórios científicos destacam que a mudança climática representa a maior ameaça à segurança humana e ao desenvolvimento sustentável. Este cenário não é exclusivo do mundo, mas é também motivo de preocupação para a Guiné-Bissau.
A diplomata ao serviço da ONU congratulou-se com o fato de a Guiné-Bissau ter já tomado “medidas significativas” para lidar com as mudanças climáticas, tendo inclusive já adoptado um Plano Nacional de Adaptação às mudanças Climáticas.
“Reconhecemos que o planeamento e a implementação da adaptação ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e que enfrentamos desafios como a necessidade de coordenar instituições, de forma mais integrada, a carência de capacidade para o panejamento e implementação de adaptação a nível nacional, a falta de informações climáticas adequadas e a insuficiência de financiamento, tanto nacional quanto internacional, para investimentos em adaptação”, disse Habiba Rodolfo.
Aproveitou a ocasião para felicitar as autoridades da Guiné-Bissau pelos esforços despendidos na proteção no meio ambiente.
“Neste momento, cerca de 26% de todo o território da Guiné-Bissau está protegido através de um processo que teve envolvimento de diferentes parceiros, incluindo o PNUD, quer em termos de produção da legislação necessária, e sua aprovação, quer em termos de capacitação do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas Protegidas IBAP”, sustentou.
A Representante Interina do PNUD ressaltou a importância de combater as alterações climáticas e promover o desenvolvimento econômico.
A ação climática ambiciosa não apenas limitará o aumento da temperatura global,mas também trará benefícios para a economia, a saúde pública e o meio ambiente, e o PNUD diz acreditar que “ocrescimento econômico forte e a redução das emisões de carbono são possíveis e compatíveis”.
Para Habiba Rodolfo este é o caminho para cumprir as promessas da Agenda 2030 e construir um futuro mais sustentável e resiliente.
Notabanca; 14.09.2023
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