segunda-feira, 11 de setembro de 2023

ATAQUE DE DRONES NO SUDÃO MATA 43 PESSOAS

Um ataque de drones do exército a um mercado no sul da capital do Sudão, Cartum, matou no domingo pelo menos 43 pessoas, de acordo com um novo balanço feito por ativistas e um grupo médico.

Militares e um grupo paramilitar rival lutam pelo controlo do país.

Mais de 55 pessoas ficaram feridas no ataque no bairro de Maio, onde as forças paramilitares estavam destacadas, escreveu o Sindicato dos Médicos do Sudão em comunicado. As vítimas foram levadas para o Hospital Universitário de Bashair.

O grupo de ativistas Comités de Resistência publicou imagens nas redes sociais que mostram corpos embrulhados em lençóis brancos num pátio aberto do hospital.

A violência no Sudão decorre desde meados de abril, quando as tensões entre as forças armadas do país, lideradas pelo general Abdel Fattah Burhan, e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, comandadas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, começaram a combater.

Desde então, os confrontos alastraram-se a várias zonas do país, reduzindo Cartum a um campo de batalha urbano.

Na região ocidental do Darfur, palco de uma campanha genocida no início da década de 2000, o conflito transformou-se em violência étnica, com as Forças de Apoio Rápido e as milícias árabes aliadas a atacarem grupos étnicos africanos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas.

O conflito já matou mais de 4.000 pessoas, de acordo com os números do mês de agosto das Nações Unidas. No entanto, os médicos e ativistas afirmam que o número real de mortos é muito superior.

Mais de cinco milhões de pessoas foram deslocadas no Sudão ou fugiram do país para escapar à violência, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

Confrontos já deslocaram mais de cinco milhões no Sudão

O confronto entre o exército do Sudão e as Forças de Apoio Rápido (FAR), de paramilitares rivais, provocou já o deslocamento de mais de cinco milhões de pessoas, anunciou hoje a agência das Nações Unidas para as migrações.
Confrontos já deslocaram mais de cinco milhões no Sudão

Mais de quatro milhões de pessoas foram deslocadas internamente desde o início dos conflitos, em meados de abril, enquanto outros 1,1 milhões fugiram para países vizinhos, anunciou a Organização Internacional para as Migrações.

Mais de 750.000 de pessoas deslocaram-se para o Egito ou para o Chade, segundo a agência das Nações Unidas.

Os esforços internacionais para mediar o conflito falharam até à data, não obstante os, pelo menos, nove acordos de cessar-fogo assinados até agora desde o início do conflito.

O Sudão mergulhou no caos há quase cinco meses, quando se transformaram em guerra aberta as tensões há muito latentes entre os militares, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as FAR, comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo, ex-número 2 no Conselho Soberano – a junta militar que tomou o poder no país no golpe que depôs o antigo ditador Omal al-Bashir em abril de 2019.

Os combates reduziram a capital do Sudão, Cartum, a um campo de batalha urbano, sem que nenhuma das partes tenha conseguido obter o controlo da cidade.

Na região ocidental do Darfur – palco de uma campanha genocida no início da década de 2000 – o conflito transformou-se em violência étnica, com as FAR e milícias árabes aliadas a atacarem grupos étnicos africanos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas.

Notabanca; 11.09.2023

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