terça-feira, 8 de agosto de 2023

NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DIZ ACEITAR DESAFIO POR CONTAR COM APOIO DE PRESIDENTE

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, afirmou hoje que aceitou "humildemente" o cargo de chefe do futuro Governo por saber que pode contar com o apoio do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Num discurso proferido após a tomada de posse, Geraldo Martins agradeceu o "privilégio de servir a Guiné-Bissau" ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e à Plataforma da Aliança Inclusiva, que venceu as eleições legislativas de 04 de junho com maioria.
"Depositaram em mim esta confiança e escolheram-me no meio de tantos outros camaradas com competência, capacidade e idoneidade para exercer esta função. Mas devo também este privilégio à confiança que sua Excelência o senhor Presidente da República me manifestou de levarmos a cabo uma coabitação exemplar e um relacionamento institucional saudável", afirmou o primeiro-ministro.



"Senhor Presidente da República. Se aceitei, humildemente, este desafio é por saber poder contar com a sua total disponibilidade e o seu total apoio. Do mesmo modo, devo dizer-lhe que pode contar com a minha indefetível lealdade", salientou.


Geraldo Martins disse também que a Guiné-Bissau entrou numa "nova fase" da vida política e que há problemas manifestados pela população que devem ser resolvidos rapidamente, nomeadamente a exportação da castanha de caju, redução dos preços de bens de primeira necessidade, arranque do ano letivo, estruturas sanitárias, fornecimento de água potável e energia elétrica.

"Estas são as grandes prioridades que nós identificámos durante a campanha eleitoral. E, portanto, para este Governo vai ser um desafio de emergência tentar resolver todos estes problemas. Não há varinha mágica para isto, não há soluções milagrosas, mas queremos acreditar que com o apoio de todos vai ser possível termos os resultados que almejamos para a Guiné-Bissau nos próximos tempos", afirmou.

O novo primeiro-ministro, Geraldo João Martins, disse que se aceitou assumir o desafio do chefe do executivo é por saber que pode contar com a total disponibilidade e apoio do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmando que o chefe de Estado pode contar com a sua “indefetível lealdade”.

Martins, indicado pela Plataforma de Aliança Inclusiva – Terra Ranka, vencedor das eleições legislativas de 04 de junho de 2023, com a maioria absoluta de 54 mandatos, fez essas observações na sua intervenção depois da cerimónia de posse para o cargo de primeiro-ministro, depois de ter sido nomeado na segunda-feira, 07 de agosto, através do decreto presidencial n.˚ 48/2023.

A cerimónia de posse contou com as presenças do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Pedro Sambú, do Procurador-Geral da República, Bacari Biai, do presidente do Tribunal de Contas, AmaduTidjane Baldé, e do antigo chefe do governo, Nuno Gomes Nabian.  

O novo chefe do governo disse aos guineenses, no seu discurso, que a campanha eleitoral acabou e que o país está a abrir uma nova página na sua história, bem como na sua vida coletiva. Lembrou que na campanha eleitoral tiveram a ocasião de percorrer todo o país e de ouvir as preocupações manifestadas pelas populações.

O primeiro-ministro anunciou que será criado um Governo inclusivo devido à "enormidade dos problemas" e porque todos são poucos para resolver os problemas.


"Eu gostava de mais uma vez exprimir aqui a minha profunda convicção de que a Guiné-Bissau é possível e que não temos de olhar para trás, temos de olhar para a frente e começarmos a projetar o nosso futuro com confiança", sublinhou.

"Temos de colocar em primeiro lugar a nossa `guineendade`, que deve estar acima de todas e quaisquer diferenças que possam existir entre nós. Pela minha parte, eu estou disponível e prometo trabalhar, dando toda a minha capacidade e toda a minha energia ao serviço desta nova missão", concluiu o novo primeiro-ministro guineense.

Geraldo Martins foi nomeado segunda-feira primeiro-ministro pelo Presidente guineense, após a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI)-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, ter vencido as legislativas e conseguido fazer eleger 54 dos 102 deputados do parlamento guineense.

A PAI-Terra Ranka assinou acordos de incidência parlamentar e governativa com o Partido da Renovação Social e o Partido dos Trabalhadores Guineenses, respetivamente terceira e quarta forças políticas mais votadas.

Notabanca, 08.08.2023

Sem comentários:

Enviar um comentário