BACIRO DJA AFIRMA QUE “ESTADO ESTÁ REFÉM DE COMERCIANTES E FUNCIONÁRIOS CORRUPTOS”
O líder cessante da Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Dja, afirmou este sábado, 08 de outubro de 2022, que a Estado guineense está refém dos comerciantes e funcionários públicos corruptos.“A Guiné-Bissau está capturada por três fatores, nomeadamente: primeiro são os interesses geopolíticos e estratégicos, segundo são os comerciantes que fracassaram no mundo empresarial e enveredaram pela política para fazer tráfico de influência e terceiro e o último fator, são os próprios funcionários públicos corruptos que capturaram o Estado, levando assim o país para o abismo”, disse.
O antigo primeiro-ministro fez esta afirmação na abertura do segundo congresso ordinário da FREPASNA, no qual é o único candidato a sua própria sucessão na liderança daquela formação política criada em 2019.
Sob lema “Transformação do Estado e desenvolvimento”, a reunião magna decorre nos dias 8 e 9 de outubro, no bairro de Bra, periferias de Bissau, contando a participação de 1500 delegados provenientes de todas as regiões do país e da diáspora.
“É preciso o país partir da posição zero em termos de transformação do Estado para estar a altura dos outros Estados do mundo, capaz de responder os anseios e aspiração do seu povo”, defendeu.
Instado a comentar sobre a não realização do congresso do PAIGC, Dja apelou aos militantes dos libertadores para procurarem um entendimento a volta de uma mesa. Contudo, advertiu que “sem a participação do PAIGC no processo eleitoral que se avizinha, a democracia terá outro sabor diferente” .
O político lembrou que tinha alertado a população guineense nas eleições passadas que não deveriam dar o poder às pessoas que não estão na altura, sem nenhuma visão ou estratégias para a Guiné-Bissau.
“A única coisa que unem essas pessoas são os interesses económicos. O povo sofreu muito durante estes anos, portanto esperamos que os guineenses aprenderam bastante com a democracia e erros cometidos para sancionar pessoas que estão a testa do poder no escrutínio de dezembro”, salientou.
Notabanca; 10.010.2022
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