PRESIDENTE GUINEENSE DISCURSA NA ONU E FALA SOBRE GUERRA NA UCRÂNIA INSTABILIDADE NO PAÍS E NA ÁFRICA
O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo enalteceu hoje nas Nações Unidas a estabilidade polícia criada na Guiné-Bissau nos últimos dois anos mas salientou que os efeitos do contexto internacional não estão a favorecer o cabal desempenho do plano do desenvolvimento nacional."O contexto internacional não favorece o cabal desempenho do plano de desenvolvimento do país, sobretudo no que concerne à realização dos objectivos do desenvolvimento sustentável.
Nós em África, estamos também a sentir as consequências da guerra na Ucrânia que, infelizmente, está a ter um grande impacto, em particular, no sector da energia e da agricultura”, salientou.
Embalo afirmou que a inflação e o aumento dos preços dos cereais e outros produtos alimentares básicos, agravou, consideralvelmente consideravelmente, uma situação alimentar já bastante difícil.
“A Guiné-Bissau é um país costeiro com uma grande parte insular. Temos feito muitos esforços no que concerne a Mitigação e Adaptação. Almejamos que a COP27 seja um passo determinante na definição e adoção de estratégias concretas para minimizar os impactos negativos das alterações climáticas”, frisou.
Pediu a ajuda à comunidade internacional para travar o avanço do terrorismo na África Ocidental e em toda a zona do Sahel.
“Permitam-me, na qualidade de Presidente da Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo dos Estados da África Ocidental, a CEDEAO, recordar que a nossa sub-região enfrenta grandes desafios em matéria de segurança e que precisamos de paz para garantir o desenvolvimento e o bem-estar das nossas populações, que constituem a nossa primeira riqueza”, sublinhou.
Disse tratar-se de uma ameaça à paz e segurança internacional que, para ser eficazmente combatida, deve necessariamente envolver toda a comunidade internacional e a ONU, em particular.
A 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas iniciou na terça-feira, 20 do mês em curso, com a presença dos líderes de todo o mundo.
Os debates estão a ser marcados pela crise de segurança causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as crises alimentar, energética e climática, e tensões China-Estados Unidos.
O chefe de Estado afirmo no seu discurso que a estabilidade de grande parte do continente africano e da África Ocidental, em particular, está ameaçada pela insegurança causada pelo terrorismo, bem como o extremismo violento e a criminalidade transnacional que, no seu entender, somaram as violações dos princípios do Estado de direito e da Democracia.
Recordou que a sub-região enfrenta grandes desafios em matéria de segurança e que precisa de paz para garantir o desenvolvimento e o bem-estar das suas populações, que “constituem a sua primeira riqueza”.
“A CEDEAO
criou um quadro político, jurídico e mecanismos estruturais para
a prevenção e resolução de crises políticas e institucionais, mas, contudo, os
desafios permanecem inúmeros e difíceis de resolver”, referiu.
Embaló, que também dirige a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), disse que, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 96 por cento dos casos globais de malária e 98 por cento das mortes por malária ocorrem em África, o que demonstra que o continente não atingiu o objetivo traçado de reduzir a incidência e mortalidade da malária em 40 por cento até 2020, uma etapa que considera fundamental para eliminação da malária no continente Africano até 2030.
“Precisamos de tomar medidas adequadas para proteger a todos, em todos os lugares, das doenças infecciosas. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para convidar todos os países, governos, doadores e parceiros de desenvolvimento a contribuírem para o Reabastecimento do Fundo Global. Juntos e de maneira solidária, podemos acabar com a malária de uma vez por todas e salvar milhões de vidas humanas”, enfatizou.
Notabanca; 23.09.2022
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