O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reafirmou o compromisso da Guiné-Bissau com a agenda da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), tendo assegurado que tudo fará para que os países membros da organização falem numa só voz.
O chefe de Estado guineense, que agora é presidente em exercício da CEDEAO, falava aos seus homólogos no ato de confirmação como Presidente da conferência de chefes de Estado e do governo daquela organização sub-regional. A decisão da escolha do Presidente Embaló, saiu da 61ª Conferência Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO realizada em Acra (Gana).
Embaló reconheceu, no seu discurso, que os desafios da CEDEAO são enormes.
“Estamos convencidos que com a boa vontade e o espírito de solidariedade que nos caracteriza, juntos encontraremos soluções no domínio da Segurança, no que se refere a luta contra o terrorismo”.
No plano sanitário, enfatizou que é preciso procurar soluções conjuntas para combater a pandemia. Acrescentou que no domínio político, a questão dos três Estados membros suspensos da organização, constituirá uma prioridade, como também a questão da insegurança alimentar que ameaça a sub-região, consequência de uma crise humanitária profunda que assola o mundo.
Eis na íntegra o discurso da República da Guiné-Bissau e presidente em exercício da CEDEAO:
Senhor Presidente Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, Senhores Chefes de Estado e Chefes de Delegação, Esta nossa Conferência inscreve-se numa dinâmica de normalidade de funcionamento de uma Instituição comunitária, que é uma constante na história da CEDEAO nos seus quarenta e sete anos de vida ao serviço da integração regional e da solidariedade, da paz e da segurança, da democracia e da boa governação entre os Estados Membros.
Senhores Presidentes, Efetivamente, a CEDEAO realizou progressos institucionais relevantes. A Guiné-Bissau, por exemplo, beneficiou claramente desses progressos. Mas é possível e é desejável fazer “mais e melhor” na construção institucional da CEDEAO, tendo em vista uma responsabilização adequada de cada Estado-membro nas instâncias comunitárias, sem exceção. É consensual que cada Estado-membro da CEDEAO, tem pleno direito ao seu momento de maior visibilidade, de maior notoriedade na dinâmica institucional da nossa organização regional. E exercer esse direito, corresponderá igualmente à satisfação de sua legitima ambição de servir, apenas de servir de maneira responsável, a nossa Comunidade, contando sempre com a solidariedade ativa de todos os outros Estados-membros.
É nesse pressuposto que a Guiné-Bissau, Estado-membro da CEDEAO desde 1975, apresentou e defendeu a sua pretensão de assumir a Presidência da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da nossa Comunidade, no mandato que agora se vai iniciar. Registo com muita satisfação e sentido de responsabilidade que a nossa pretensão mereceu o apoio e a solidariedade de Vossas Excelências, e é o Povo guineense que vos agradece pela confiança que, assim, depositaram na Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau reafirma o seu firme compromisso com a Agenda da CEDEAO e promete que tudo fará para que os países membros falemos numa só Voz.São muitos os desafios , mas estamos convencidos que com Boa Vontade e o Espírito de Solidariedade que nos caracteriza, juntos encontraremos as soluções no domínio da Segurança, no que se refere à a luta contra o terrorismo, no plano sanitário, à procura de soluções comuns para combater a pandemia, no domínio político, a questão dos 3 Estados Membros suspensos, que é para nós prioritária e ainda a insegurança alimentar que ameaça a nossa sub-região, consequência de uma crise humanitária profunda que assola o mundo.
Creio poder afirmar que, neste contexto de normalidade institucional, o dia de hoje para a Guiné-Bissau só pode ser um dia excecional, um dia memorável. Concluo, agradecendo a todos os Estados Membros, na pessoa dos seus Chefes de Estado, pelo apoio e pela confiança depositadas na minha Pessoa e na Guiné-Bissau, para assumir esta Presidência Histórica da CEDEAO.
Notabanca; 03.07.2022
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