UNIÃO AFRICANA CHOCADA COM ATOS DE VIOLÊNCIA DE MARROCOS E ESPAMHA QUE RESULTAM NA MORTE 23 MIGRANTES.
O Presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, declarou-se "profundamente chocado e preocupado" com o tratamento violento e degradante de emigrantes africanos que tentaram atravessar a fronteira entre Marrocos e Espanha, sexta-feira última.
Actos de violência subsequentes deixaram pelo menos 23 pessoas mortas e muitas feridas.
De acordo com um comunicado da UA, Mahamat solicitou "um inquérito imediato sobre o assunto, e recordou a todos os países as suas obrigações em virtude do direito internacional de tratar todos os emigrantes com dignidade e dar prioridade à sua segurança e aos direitos humanos, abstendo-se ao mesmo tempo do uso da força excessiva.
De acordo com relatos dos meios de comunicação, alguns dos que morreram caíram de cima da vedação militar, da fronteira.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) expressaram a sua profunda tristeza e as suas preocupações com as perdas de vidas humanas e ferimentos relatados quando tentavam atravessar a barreira entre Nador, em Marrocos, e Melilla, na Espanha, na manhã da mesma sexta-feira.
"A OIM e o ACNUR exortam as autoridades a darem prioridade à segurança dos emigrantes e refugiados, abstendo-se de uso excessivo da força e respeitando os seus direitos humanos.
Disseram que estes acontecimentos violentos sublinham, mais do que nunca, a importância de encontrar soluções sustentáveis para as pessoas deslocadas, no espírito do Pacto Mundial para a Migrações Seguras, ordenadas e regulares e do Pacto Mundial para os Refugiados.
"A OIM e o ACNUR reiteram o seu apelo à comunidade internacional, de acordo com o princípio da partilha de responsabilidades, para reforçar o acesso às vias alternativas mais seguras e limitar a utilização de viagens inseguras e reduzir o risco de tais eventos trágicos ocorrerem no futuro", diz o comunicado.
Notabanca; 30.06.2022
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