TROCA DE ACUSAÇÕES ENTRE PAIGC E LÍDER DO APU-PDGB
O Secretário para Comunicação e Informação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Muniro Conté afrmou hoje que o partido tem a tradição de respeitar os acordos porque tem a responsabilidade e vinculo histórico com a sua massa, o que, diz Conté, o difere dos outros partidos que “estão na política por conveniência e por lugares no governo”.Muniro Conté reagia assim numa conferência de imprensa às afirmações do presidente da APU-PDGB, Nuno Nabiam feitas no decurso do II congresso do partido, decorrido sábado e domingo, segundo as quais o partido foi traído pelo PAIGC perante o acordo que as duas formações polítcas haviam firmado, após as eleições de 2019.
Conté nega que em que nenhum momento se acordou que o Nuno Gomes Nabian seria o candidato do PAIGC nas eleições presidenciais passadas, tal como dissera o lider da APU-PDGB.
Disse que foi estabelecido no Acordo de Incidência Parlamentar que a APU-PDGB teria três direções-gerais, mas que teve 14 e seis presidências de Conselho de Administrações(PCA).
Acrescentou que até havia estruturas em que a APU-PDGB tinha PCA, vogais, chefes de gabinetes e tesoureiros.
Para Conté, não deveria ser uma Direção-geral objeto de problema, que não estava estabelecido no acordo.
“Há uma certa área especializada em que os quadros têm que ser mantidos. É uma questão de garantir que o processo de desenvolvimento, sobretudo os projetos que já tinham sido negociados possam andar e foi nessa matéria que houve uma pequena discussão para que, em certa medida, alguns setores tenham os quadros reconduzidos”, disse.
Nabiam referiu perante congressistas que um certo ministério foi dado a APU-PDGB mas que o PAIGC dissera depois que essa doação não incluia os postos de diretores-gerais.
Conté sustentou que, hoje todas as desculpas podiam servir menos as de que o PAIGC não cumpriu o acordo de incidência parlamentar.
Pediu ao Nuno Nabiam que assuma diante do povo guineense de que a “governação desastrosa” que o país está a assistir é por falta de seu cumprimento, falta de lealdade ao acordo assinado com o PAIGC, que segundo Muniro, “ia permitir um país estável e não o que está com índice de corrupção bastante elevado”.
O responsável da comunicação do PAIGC afirmou que o Nuno Nabiam não pode ser
dissociado dessa responsabilidade porque saiu de um governo legítimo e legal
que estava a conduzir o país para observância desses princípios e optou-se por
entrar numa aliança que está a violar os direitos fundamentais, à todos os
níveis.
Notabanca; 27.05.2022
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