sexta-feira, 4 de março de 2022

GUERRA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA CONTINUA A MATAR E NEGOCIAÇÕES EM RISCO

Pelo menos 33 civis morreram num ataque aéreo russo que atingiu duas escolas e várias casas na cidade ucraniana de Cherniguiv, anunciaram hoje os serviços de emergência, num novo balanço.

Imagens do serviço de situações de emergência mostram colunas de fumo que se erguem de edifícios de apartamentos em ruínas, com escombros amontoados no solo e equipas de socorro transportando cadáveres.

As equipas de resgate prosseguem as operações de busca entre os escombros, e as autoridades ucranianas admitem que o número de vítimas seja mais elevado do que indicam os atuais dados.

Localizada a 140 quilómetros a nordeste de Kiev, Cherniguiv foi atacada por tropas russas a 25 de fevereiro, um dia após o início da invasão da Ucrânia pelas forças russas, estando situada numa das principais estradas que levam à capital.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já fizeram mais de um milhão de refugiados, que fugiram para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Uma delegação ucraniana deve iniciar uma nova ronda de negociações com os russos na Bielorrússia esta quinta-feira, 2 de Março, depois de as negociações de segunda-feira não produzirem resultados.

 

Ao oitavo dia de ofensiva militar russa na Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada de Kherson pelos russos, enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de intensos combates.

Em entrevista ao canal de televisão português SIC, o analista político português Germano Almeida defendeu que estas negociações não têm credibilidade, salientando que “só com negociações de boa-fé este conflito, que não pára de escalar, pode ser travado”.

Nestas negociações Moscovo exige "o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia, a conclusão da desmilitarização e desnazificação do Estado ucraniano e a garantia de seu status neutro", como pré-requisito para qualquer acordo.

Por sua vez, a Ucrânia exige a Moscovo a retirada total russa do Donbass. O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar ao fim da ofensiva militar russa no país.

Ao oitavo dia de ofensiva militar russa na Ucrânia, as autoridades de Kiev confirmaram a tomada de Kherson pelos russos, enquanto a cidade portuária de Mariupol é alvo de intensos combates. Moscovo reivindica ainda o controlo da área da Central Nuclear de Zaporizhzhia.

As autoridades de Kiev afirmam que mais de 2.000 civis perderam a vida, incluindo crianças. A Rússia fala em 498 soldados mortos e 1.597 feridos desde o início da ofensiva na Ucrânia.

Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da ofensiva militar russa, lançada na madrugada de 24 de Fevereiro, na Ucrânia.egociações de segunda-feira não produzirem resultados.

Notabanca; 04.03.2022

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