SISSOCO EMBALO AFIRMA QUE “QUERIAM MATAR O PRESIDENTE DA REPÚBLICA O PRIMEIRO-MINISTRO E OS MINISTROS”
O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que as pessoas que atacaram o Palácio do Governo, enquanto decorria a reunião de Conselho de Ministros, queriam matar o Presidente, o primeiro-ministro e os ministros."Eles não queriam apenas dar um golpe de Estado, queriam matar o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros", afirmou Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República, em Bissau, depois de uma declaração à imprensa, seguida de perguntas.
O Presidente falou aos jornalistas acompanhado do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam do vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, e de outros membros do Governo e do seu gabinete.
O Presidente guineense afirmou que o país está de luto porque "alguns valentes filhos" tombaram hoje "por causa da ambição de duas ou três pessoas, que entendem que o país não tem direito de viver em paz".
"Custava-me acreditar que um dia poderíamos chegar a este ponto. Ou que os filhos da Guiné poderiam voltar a perpetrar outro ato de violência. Nem podem imaginar este ato de violência. Preferiria que as pessoas me atacassem pessoalmente", lamentou o Presidente guineense.
Nas declarações aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló salientou que não nasceu para ser "eternamente Presidente" e que está no lugar pela "confiança da maioria do povo guineense".
"Apelo à comunidade internacional a continuar a apoiar a Guiné-Bissau porque este povo precisa", disse.
Vários tiros foram ouvidos hoje perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.
Notabanca; 01.02.2022
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