terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

CHEFE MILITAR GUINEENSE REGRESSA PARA BISSAU E LEMBRA QUE JÁ HAVIA ALERTADO TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tan, afirmou que não está preocupado com os rumores que circulavam no país de que havia morrido no tratamento médico em Espanha, tendo assegurado que o que mais lhe preocupa é que haja a paz e sossego na Guiné-Bissau.

O general falou aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira terça-feira, 15 de fevereiro, depois da sua chegada vindo de Lisboa no voo da companhia aérea portuguesa (TAP). 

Biaguê Na N’Tan fez um mês em Espanha, concretamente em Barcelona, onde se encontrava em tratamento médico.

No país havia rumores postos a circular sobre a sua alegada morte, bem como da sua exoneração, rumores que foram imediatamente desmentidos pelo Gabinete de Comunicação  e Relações Públicas da Presidência da República.

“Deixei o país para ir fazer o controlo da vista em Barcelona. Não saí da Guiné-Bissau com algum problema grave de saúde. Depois que cheguei à Espanha, circularam informações de que eu morri, mas o que quero deixar claro é que não me preocupo com os rumores sobre a minha morte. Eu nasci e sei que um dia vou morrer”, assegurou, para de seguida afirmar que a sua maior preocupação é que haja a paz e sossego para a Guiné-Bissau.

“Não me preocupo com a minha morte, mas com a paz nesta terra. Quero dizer aos guineenses que devemos desistir a violência, porque não é a solução para a Guiné-Bissau. Semeamos a paz durante quatro anos e devemos cuidar desta paz. Há pessoas que não querem a paz, mas sabem que para vivermos direito, tem que haver a paz”, disse.

O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas apelou aos cidadãos guineenses a optarem pela cultura da paz e desistir da violência.

“Eu não tinha dúvida que essa situação podia acontecer qualquer dia. Este ato que aconteceu na minha ausência, não tinha dúvida. Senhores jornalistas sabiam que alguns dos nossos colegas militares foram apresentados à justiça, mas acabaram por ser libertados! Duas vezes entregamos militares à justiça, porque não estavam a andar no bom caminho. Houve vozes que contestaram e disseram que aquilo não correspondia à verdade. Acusamos apenas as pessoas suspeitas de tentativa de golpe de Estado. Disseram que se eu fosse morto como Chefe de Estado-Maior, certamente seriam julgados”, assegurou.

De acordo com O Democrta GB, o chefe de Estado-Maior disse que são as mesmas pessoas que tinham sido detidas por suspeita de tentativa de golpe de Estado e libertadas pela justiça é que atacaram o Palácio do Governo, acrescentando que os responsáveis do ataque “são aquelas pessoas e mais ninguém”.

“Sabem que o General Biaguê não estava no país. Lançaram os rumores sobre a minha morte e fizeram essa tentativa de golpe. Não é uma coisa nova, mas sim é coisa preparada há muito tempo e o objetivo dessas pessoas  era desestabilizar a Guiné-Bissau”, contou.

Notabanca; 15.02.2022

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