Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné, quarta-feira, Cumba afirmou que o hemodiálise é um dos grandes problemas que o país tem, acrescentando que o seu Ministério já está a negociar para que esta situação seja resolvida em breve.
“Pensamos melhorar algumas infraestruturas e como também introduzir novas situações, por exemplo, hemodiálise que é um dos grandes problemas que o país tem. Estamos a negociar para podermos ter um Centro de Hemodiálise para permitir não só os nossos concidadãos que estão fora e turistas que fazem hemodiálise constante”, informou, sustentando que quem faz hemodiálise constante não pode vir ao país porque corre risco de vida visto que a Guiné-Bissau não dispõe de um centro para o efeito.
Dionísio Cumba informou ainda que, em breve, chegará ao país uma fábrica de oxigénio que o Governo mandou comprar em Portugal, com capacidade de produzir 106 garrafas por dia.
Disse que vai permitir o país enfrentar melhor a situação da Covid-19 que ceifou a vida de muitas pessoas por falta de oxigénio, adiantando que vão ser instaladas outras fábricas de oxigénio com dimensões menores, nas regiões, nomeadamente, Bijagós, Sul, Norte e Leste, a fim de poder resolver problemas locais.
Aquele responsável acrescentou que ainda está no seu plano de ação a recuperação do Hospital 3 de Agosto e a construção de infraestruturas de saúde .
“Depois das minhas visitas às regiões o Governo me deu o aval de avançar com esse plano. E dentro desse plano está também novas infraestruturas que devemos construir: hospitais provinciais-2 e a recuperação do Hospital 3 de Agosto”, frisou.
Cumba sublinhou que o mais importante é a formação de quadros de saúde, explicando que nesse momento estão a trabalhar num programa de fromação local que possivelmente vai ser apoiado pela Itália, e que vai permitir a especialização de médicos guineenses.
“No final deste mês vai chegar uma equipa para este objetivo. Num total de 16 médicos escolhidos como prioritários para o país, cada um vai escolher a área onde pretende se especializar, e dentro de 4,5 ou 6 anos vão ser certificados como especialistas. Acho que isso é a melhor forma de dar assistência ao país”, disse.
De acordo com Dionísio, a equipa médica nigeriana que está no país, no Hospital Nacional Simão Mendes, por serem todos especialistas, no exercício das suas missões vão dar orientações aos jovens médicos nacionais que os acompanham.
Em relação aos novos ingressos que reclamam 12 meses de salários em atraso, Dionísio Cumba disse que nesse momento estão a negociar com o Ministério das Finanças para resolver os problemas dos novos ingressos, que diz, entrarem no sistema sem antes existir verbas para eles, o que terá dificultado os seus pagamentos atempados pelo Tesouro Público.
“Foi esse o motivo que levou os novos ingressos a ficarem 10 meses sem salários. Estamos, com o Ministério das Finanças, a buscar uma forma de lhes pagar e mais tarde organizar os seus ingressos na Função Pública, senão vai ser sempre a mesma situação. Não se pode introduzir grande quantidade de pessoas no sistema sem ter capacidades de lhes pagar”,disse Dionísio Cumba.
Notabanca; 12.01.2022
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