CEDEAO IMPÕE SANÇÕES AO MALI POR RECUSAR MARCAÇÃO DE ELEIÇÕES
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou domingo novas sanções ao Mali, onde a junta militar que o lidera recusou organizar eleições em fevereiroOs países membros da CEDEAO acordaram impor o congelamento das contas dos membros da junta militar maliana nos bancos regionais, a retirada dos seus embaixadores em Bamaco e a suspensão de todas as transações comerciais com o Mali, com a exceção de alguns produtos básicos.
A CEDEAO endossa assim as medidas tomadas recentemente numa cimeira da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), disse um participante na reunião que não quis ser identificado, falando de medidas “muito duras”.
Os países que integram a UEMOA são todos membros da CEDEAO.
Estas sanções são ainda mais rigorosas do que as adotadas após o primeiro golpe, em agosto de 2020. Em plena pandemia, as medidas foram severamente sentidas num país sem litoral e que está entre os mais pobres do mundo e terão forçado a junta, na altura, a concordar com o compromisso de devolver o poder aos civis 18 meses após as eleições, segundo a agência France-Presse.
O Mali vive desde 2012 uma crise de segurança decorrente do surgimento de vários grupos ‘jihadistas’ ligados aos grupos extremistas Al-Qaida e Estado Islâmico, que aproveitaram a debilidade do Estado maliano para avançar pelo Sahel, provocando dois golpes de Estado nos últimos dois anos.
Notabanca; 10.01.2022
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