quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

BAPTISTA TÉ RENUNCIA MILITANCIA NA APU-PDGB E REGRESSA AO PAIGC

Um dos vice-presidentes da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Baptista Té, renunciou quarta-feira, 05 de janeiro de 2022, a sua militância na APU-PDGB e anunciou o regresso ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Para além de Baptista Té, renunciaram a militância na APU-PDGB vários outros dirigentes que faziam parte da formação política liderada por Nuno Gomes Nabian, atual primeiro-ministro, nomeadamente, Armando da Silva, membro da Comissão Permanente, Alberto Sanhá, presidente do Conselho Jurídico e Midana Na Tcha.

Em declarações aos jornalistas, Batista Té disse que regressou ao PAIGC, por ser um “partido da unidade nacional” e por não estar a partilhar as mesmas ideologias políticas com os atuais dirigentes de APU-PDGB, que acusou de violarem os princípios definidos nos estatutos do partido.

“Ficamos calados por dois anos, porque estávamos à procura de soluções, mas que não foram encontradas. Estamos aqui para declarar o fim a nossa liderança e militância na APU. A partir de hoje voltamos ao terreno para a fazer a política “, fincou, para de seguida afirmar que o PAIGC “ é um partido da Unidade Nacional e não tribalista”.

“Não significa que não tenha problemas internos, mas vamos contribuir com ideias e procurar soluções”, sublinhou.

Batista Té anunciou que mais de 200 elementos (dirigentes e militantes) se desvincularam do partido liderado por Nuno Gomes Nabian, por este não estar a cumprir os princípios estatutários e acordos políticos que tem assinado com as outras formações políticas.

Em março de 2019, a APU-PDBG assinou acordo de incidência parlamentar com o PAIGC, após as eleições legislativas.

BATISTA TÉ E OUTROS MILITANTES RECEBIDOS NA SEDE DO PAIGC

Depois da sua declaração pública, em conferência de imprensa, sobre a sua renúncia da militância na APU-PDGB, Batista Té e outros militantes dirigiram-se à sede do Partido Africano da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), onde foram recebidos por Domingos Simões Pereira e alguns dirigentes e militantes do PAIGC.

Em declarações aos jornalistas, Domingos Simões Pereira frisou que quem procura o seu partido é quem quer “a verdade e a justiça”, porque “ as suas ideologias são baseadas nas da Amílcar Cabral e que o ato é de “regressão à casa, não adesão porque são camaradas sempre do PAIGC”.

O líder do PAIGC convidou Nuno Nabian a ingressar no seu partido.

“Esses nossos irmãos que vieram não são pessoas que lhe viraram as costas, são pessoas que vieram desbravar o caminho porque ele mesmo tem o lugar dentro dessa casa”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira afirmou que a única solução política para o líder da APU-PDBG é voltar ao PAIGC.

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