ALGUNS GUINEENSES PROTESTAM CONTRA
RACISMO À FRENTE DA EMBAIXADA DE PORTUGAL EM BISSAU
Um grupo de cidadãos guineenses anti-racismo protestou
hoje, pela segunda vez, à frente da embaixada de Portugal em Bissau exigindo
justiça pelo assassínio de Bruno Candé Marques, ocorrido no passado dia 25 de
Julho, em Moscavide (Portugal).
Na ocasião, o porta-voz do grupo, Frederico Midana Quadé procedeu a leitura de uma nota de protesto, que destaca que em pleno século XXI, no mundo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, ainda se assiste, ao mais alto nível, ondas de atos xenófobos, racistas, ignóbil e discriminatórios perpetrados por “homens pobres e falidos de consciência”.
Acrescentou que perante os factos acima expostos, os cidadãos guineenses Anti-Racismo, aos quais se associam a UPRG-Kassaka 64 e o Movimento Federal Panafricanismo da Guiné-Bissau, apresentaram a Portugal, através da sua representação diplomática, em Bissau uma nota de protesto contra o racismo.
Referiu que estão a protestar contra todos os atos de racismo enraizado em Portugal e no mundo em geral.
Midana Quadé defendeu necessidade de se acelerar os processos judiciais sobre casos de assassinatos com sentimentos racistas e de ódio, em particular, o do Bruno Candé Marques.
Referiu que em Portugal os negros são mortos a tiro, em plena luz do dia, tendo questionado se com esses e demais factos vergonhosos não existe racismo, então, seria melhor mudar o significado da prática desta natureza,.
“Daí se distorceria o sentido útil do termo “Racismo”ou tal como se fizera aquando da chegada, em África, das Caravelas , distorcendo tudo ao seu favor,” frisou.
Frederico Quadé disse que o assassínio de Bruno Candé é apenas um dos muitos casos(as vezes ocultados) que provam o racismo acentuado em Portugal.
O grupo Anti-Racismo fez questão de declarar que nem todos os portugueses são racistas.
Notabanca; 05.08.2020
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