Secretariado Nacional
Comunicado de imprensa
Esta madrugada, um acto de verdadeiro terrorismo de Estado foi levado a cabo, segundo os responsáveis da Rádio Capital FM, por homens fardados e armados, que violaram e destruíram por completo todos os apetrechos técnicos e outros materiais desta estação de rádio, sita no Bairro Militar.
Esta madrugada, um acto de verdadeiro terrorismo de Estado foi levado a cabo, segundo os responsáveis da Rádio Capital FM, por homens fardados e armados, que violaram e destruíram por completo todos os apetrechos técnicos e outros materiais desta estação de rádio, sita no Bairro Militar.
O PAIGC repudia veementemente este acto que considera bárbaro e inaceitável em
pleno século XXI e condena categoricamente este ignóbil atentado que vai contra
a liberdade de expressão e de exercício de um jornalismo independente.
Este facto caracteriza o actual regime golpista que desgoverna e atemoriza os guineenses, na sua tentativa vã de calar as vozes que defendem a liberdade, a democracia e o Estado de direito democrático.
Depois das agressões ao Deputado Marciano Indi, ao bloguista Doka Internacional, ao empresário Armando Correia Dias e seu irmão Caló Dias, os cidadãos Almeida Cá, Li Cadre e mais oito jovens de Safim o país escutou com estupefacção o anúncio sobre o pretendido controlo das comunicações, colocando a Segurança de Estado a monitorizar os órgãos de comunicação social e os próprios cidadãos que utilizam cada vez mais as redes sociais.
De ameaças e intimidações, o governo golpista passou à ação bárbara de vandalizar uma estação radiofônica cujo único crime é o de defender os superiores interesse dos guineenses, ao defender a liberdade, a democracia e o Estado de direito democrático.
A Guiné-Bissau e o PAIGC, bem como as demais forças politicas democráticas guineenses, esperam da Comunidade Internacional uma atenção mais que especial a mais um ato contra os direitos e as liberdades dos guineenses. Atenção no sentido de fazerem jus aos seus Mandato e Missão na Guiné-Bissau.
Finalmente, o PAIGC reitera o seu repúdio a atos desta natureza e a sua firme determinação em continuar a defender a construção e consolidação da Paz, da Democracia e de um Estado de Direito Democrático.
Aos jornalistas e homens da Comunicação Social, que não se sintam amordaçados por esta ação covarde; Aos jornalistas, técnicos e funcionários da Rádio Capital FM o seu vivo encorajamento, para que continuem na senda de um jornalismo isento e transparente, pautando sempre pela verdade informativa, pela ética e deontologia profissional.
Nada que seja imposto fora da vontade popular nas urnas será aceite ou terá legitimidade no solo pátrio de Amilcar Cabral.
Bissau, 26 de julho de 2020.
O Secretariado Nacional do PAIGC
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