segunda-feira, 20 de julho de 2020

FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL RAOUL FOLLEREAU FECHAM PORTAS EXIGINDO MELHORES CONDIÇÕES 
Os funcionários do Hospital “Raoul Follereau” boicotam, desde as primeiras horas de hoje (20), o normal funcionamento do centro, exigindo as melhores condições do trabalho e inclusive a aquisição de mascaras e luvas. Os funcionários denunciam que não existem alimentação nem para os funcionários e nem para os doentes.
No portão havia um dístico com a frase “Raoul Follereau ka tene condiçom de tarbadju”, [Raoul Folloreau, não tem condições de trabalho, em tradução livre].



Em declaração à Radio Sol Mansi, nas primeiras horas das reivindicações, Delfim Vicente Mendes, porta-voz de grupo dos médicos do centro com especialidade em diagnóstico e tratamento dos problemas respiratórios, defende que não existem condições mínimas para o trabalho.

“Queremos trabalhar mas não há condição de trabalho é o que estamos a exigir, não pode examinar um pacientes sem luvas e nós [médicos] usamos uma máscara caseira, um profissional tem apenas 5 mascara para um mês quando normalmente era para ser por apenas um dia do serviço”, protesta o medico.

Segundo o porta-voz, neste momento, “ não há nada praticamente no hospital” porque o hospital infecto-contagiosa não tem ventilação.

“No laboratório apenas se faz o único exame que é de expectoração, não há gota espeça e sabemos que o paludismo é endémico na Guiné-Bissau, sobretudo na época chuvosa e inclusivo não há mosqueteiro para os pacientes internados, os seus familiares são obrigados a trazer o mosquiteiro, então estamos a exigir ao ministério as melhores condições laborais”, explica.           

No hospital “Raoul Follereau” funciona apenas os serviços mínimos, segundo explica o médico Delfim Mendes. O facto foi constatado pela nossa reportagem, no local.

Nas primeiras horas na vedação do hospital havia muitos pacientes a procura do tratamento e que depois foram obrigados a abandonar o local a procura de um outro centro hospitalar.

Notabanca; 20.07.2020

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