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EX-VICE CHEFE DE ESTADO-MAIOR ENTERRADO COM HONRAS MILITARES NO CEMITÉRIO MUNICIPAL DE BISSAU

O Tenente-General Emílio Costa, antigo vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau foi enterrar este sábado, 06 de junho de 2020, no cemitério Municipal de Bissau.
Costa, falecido a 29 de maio último em Bissau, vítima de doença prolongada , trabalhou nos últimos tempos como conselheiro militar do representante do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Abidjan (Côte d’Ivoire).

Passada uma semana da sua morte, o Estado-Maior General das Forças Armadas realizou a cerimónia fúnebre do General, com honras militares no pátio das instalações do Estado-Maior (AMURA), em Bissau. A cerimónia foi testemunhada pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, pelo ministro da Defesa Nacional, chefias militares, oficiais de forças de segurança, oficiais da missão da ECOMIB (contingente da CEDEAO) e algumas individualidades políticas e corpo diplomático.
Momentos antes da sua sepultura no Cemitério Municipal de Bissau, o ministro da Defesa Nacional, Sandji Fati, disse na sua breve declaração que fez o percurso de vida militar com o malogrado que começaram na povoação de Iemberem, no sul do país e que nunca mais se separaram até quando foram para a Academia.

Fati que é igualmente general na reserva, lembrou que o malogrado, foi selecionado em 1971 para fazer parte dos primeiros quadros que Amílcar Cabral escolheu para modernizar o exército guineense, ainda no período da luta de libertação. Recordou que a grande preocupação de General Emílio Costa era sempre a formação, em particular dos quadros das forças armadas. diz O Democrta.
Em nome dos familiares, Marien Emílio Costa, agradeceu ao Estado guineense, em particular, ao Estado-Maior General das Forças Armadas pela homenagem realizada em memόria do seu defunto pai e espera que a alma do malogrado descanse em paz.
QUEM ERA O GENERAL EMÍLIO COSTA
Emílio Costa, nasceu em 05 de Outubro de 1953, em Tchugué, setor de Catió, região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau. Pai de 18 filhos, ingressou em 1970 nas fileiras do PAIGC em Kaliu (zona libertada). Em 1971, frequentou o curso de Oficial da Artilharia em Moscovo na antiga União Soviética, e especializou-se como comandante de Bateria.
Em novembro de 1979, foi-lhe atribuída uma bolsa de estudos para a antiga União Soviética na Académia Militar Superior Inter-armas, em Moscovo e em 1983 terminou o curso e por decisão especial da comissão de exames do estado, foi conferido o grau Científico de “Mestre em Ciências Militares”.
Em 1999, foi nomeado vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. Em 2007, foi destacado para uma missão de serviço na Comissão da CEDEAO em Abuja (Nigéria), posteriormente foi colocado como Conselheiro Militar do Representante Especial do presidente da Comissão da CEDEAO em Abidjan.