PRESIDENTE DA ACOBES ACUSA GOVERNANTES
DE PRIORIZAREM MAIS ASPETOS POLÍTICOS DO QUE SOCIAIS
Bambó Sanhá, Presidente da Associação de Consumidores, Bens e Serviços(Acobes), acusa os governantes do país, de priorizarem mais aspetos políticos do que sociais.
Segundo ele,
havia toda a necessidade de se criar condições para o isolamento, em termos
de infraestruturas hospitalares, o que
infelizmente não se verificou.Bambó Sanhá, Presidente da Associação de Consumidores, Bens e Serviços(Acobes), acusa os governantes do país, de priorizarem mais aspetos políticos do que sociais.
Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Bambó Sanhá considerou de “grave” o comportamento dos políticos em relação à primeira vaga de isolamento, em casa, feito pelos primeiros infetados com o novo coronavírus, acrescentando que o governo tem a obrigatoriedade de salvar a vida da população.
Pede ao governo
deligências juntos dos parceiros nacionais e internacionais no sentido
de proteger os cidadãos e estancar a pandemia, sustentando que a população tem
o direito ao consumo.
“É de louvar
a distribuição de produtos da primeira
necessidade que está a ser feita pelo governo , mas, para mim, não é suficiente
porque continuamos a ter populações mais carenciadas que ainda não beneficiaram
do género. Por isso, o governo deve reforçar as deligências para fazer chegar
produtos de desinfecção e alimentícios às tabancas mais longínquas”, disse
Bambó Sanhá.
Afirmou que
a medida de prevenção é “muito fundamental” porque o país é vulnerável e
frágil, sem infraestruturas sanitárias, sem materiais médicos, e recursos
humanos suficientes, para poder controlar esta pandemia, tal como
se verifica noutras partes do
mundo.
“Esperamos
que o governo reforce as suas medidas para poder, de fato, ajudar essa pobre
população. Sabemos que mesmos os nossos dirigentes e o governo, em particular,
não têm condições financeiras para atenuar esta doença, por isso a medida de
prevenção é importante”, frisou.
Aquele
responsável pediu a população a encarar a doença como uma realidade no país,
pede a população para usar máscara
e cumprir a medida de distanciamento nos
lugares públicos, sobretudo nos mercados, bancos, entre outros, para se
proteger do coronavírus.
Acrescentou
que as pessoas devem acatar o conselho dos técnicos de saúde e da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Em relação a
retoma dos transportes urbano nomeadamente toca-tocas e táxis, Sanhá lamentou
que o estado de emergência tenha
reduzido muitos direitos aos cidadãos, mas que é compreensível porque o país não está numa
situação normal.
Sublinhou que as vidas têm que ser protegidas mas que a
economia também tem que ser defendida.
“Esses dois
aspectos são fundamentais para a existência dos seres humanos, por isso, entendemos que a limitação da
lotação nos transportes é aceitável porque os casos estão a subir
drasticamente”, disse.
O presidente
da ACOBES apela aos motoristas a se
abdicarem de aumentar a tarifa aos utentes “porque o momento é crucial e de
solidariedade” .
Disse que
toda a luta deve ser contra a pandemia, e que espera que o desconfinamento seja
de forma gradual, tal como decido pelo Governo.
Notabanca; 28.05.2020
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