O Procurador Geral da República (PGR) considerou hoje de falsas, as acusações que 06 partidos políticos nomeadamente, (PAIGC, PND, UM, PUN, PCD e MP), fizeram quarta-feira contra a sua pessoa, segundo as quais, ele (PGR) está envolvido em alguns crimes de sangue ocorridos no país.
Em conferência de imprensa, Fernando Gomes disse que enquanto PGR fará tudo para combater a corrupção na Guiné-Bissau “doa a quem doer”.
“Estou ciente de que quem não deve não teme, por isso, estou tranquila face as acusações que 06 partidos políticos fizeram contra a minha pessoa. Não sou criminoso e nem pretendo sê-lo”, disse Fernando Gomes.
O novo PGR
disse que, se realmente os acusadores têm provas sobre as acusações que o
fizeram, só precisam recorrer ao Ministério Público para pedir a Justiça, uma
vez que ele carece de imunidade que lhe impeça responder perante os actos de
crime que cometeu.
“De certeza
as pessoas ficaram com medo só porque digo que a prioridade do Ministério
Público irá assentar na luta contra a corrupção que se verifica na
Guiné-Bissau, e optaram logo por fazer acusações infundadas. Não vou desistir
com o trabalho de melhorar a situação do país”, garantiu aquele responsável.
Gomes revelou
que já começaram a receber denúncias de casos de corrupções e que estão a
investigar as mesmas para que possam apurar as suas veracidades.
O Procurador
garantiu que no que concerne os seus trabalhos contra os casos de corrupções
vão começar a actuar ao nível do próprio Ministério Público para depois atingir
as outras instituições.
Alegou que,
por não ser criminoso, foi o promotor da Luta Contra a Pena de Morte no país,
que resultou no fim dessa prática.
Questionado
sobre o que fará para combater o crime de sangue na nação guineense, respondeu
que não pode falar sobre o assunto uma vez que acabou de ser nomeado e nem se
quer teve tempo para analisar alguns documentos.
Acrescentou
que o Ministério Público está de porta aberta para receber qualquer tipo de
denúncias e reclamações e que devido a isso, as pessoas devem ter a coragem
para pôr tudo em ordem.
Seis partidos políticos da
Guiné-Bissau consideraram, numa carta enviada à Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental, a nomeação do novo procurador-geral da República
(PGR) como um "atentado aos direitos humanos".
Na carta, dirigida ao presidente da comissão da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude
Kassi Brou, os seis partidos relembram à organização sub-regional, que tem
mediado a crise no país, que durante período em Fernando Gomes foi ministro do
Interior da Guiné-Bissau, foram assassinados o anterior Presidente João
Bernardo “Nino” Vieira, o chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, e
Hélder Proença, Baciro Dabó e Roberto Cacheu.
Assim vai o país.
Notabanca; 15.05.2020
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