O diplomata Héder Vaz, mandatado para falar à Lusa por Umaro Sissoco Embaló - vencedor declarado das eleições presidenciais da Guiné-Bissau -, afirmou hoje que não há um golpe de Estado e que houve uma tentativa de subverter a verdade eleitoral.
"Não
houve um golpe de Estado na Guiné-Bissau, houve sim desde as eleições do dia 29
de dezembro uma tentativa da parte de quem perdeu as eleições de subverter
aquilo que é a verdade eleitoral, subverter os órgãos de justiça e submeter a
Comissão Nacional de Eleições (CNE)", afirmou à Lusa Hélder Vaz,
embaixador da Guiné-Bissau em Portugal e mandatado para falar à imprensa por
Umaro Sissoco Embaló, que se autoproclamou Presidente depois de ter sido dado
como vencedor pela CNE, apesar de existirem recursos judiciais pendentes.
Segundo
Hélder Vaz, aquela subversão é "completamente ilegal" e, por isso,
"houve uma reação da parte do parlamento" para "dirimirem uma
situação que estava cada vez mais confusa e que se ia prolongando para lá do
aceitável".
Embaló
autoproclamou-se Presidente na quinta-feira, numa cerimónia simbólica, e, no
dia seguinte, a Assembleia Nacional nomeou o presidente do Parlamento, Cipriano
Cassamá, como Presidente interino, cargo a que o político renunciou hoje,
alegando ter sido vítima de ameaças.
Nas
declarações à Lusa, o embaixador Hélder Vaz recordou que não existiram
reclamações nas assembleias de voto, nem nas comissões regionais de eleições e
as que foram feitas na CNE foram rejeitadas.
Notabanca,01.03.2020
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