Mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo, quase metade da população escolar mundial, estão sem aulas devido às medidas de contenção para travar a propagação do novo coronavírus, anunciou hoje a UNESCO.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estes dados são relativos a terça-feira, com a agência internacional a estimar que os números vão continuar a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nos últimos dias.
Em declarações feitas na terça-feira ao
serviço de notícias ONU News, o representante da UNESCO, Vincent Defourny,
referiu que os números disponíveis até então apontavam que mais de 776,7
milhões de crianças e jovens em todo o mundo estavam fora das salas de aulas
por causa do novo coronavírus.
Os números divulgados pela UNESCO referem que, até terça-feira, 102
países tinham todos os estabelecimentos de ensino (incluindo universidades)
encerrados a nível nacional. E outros 11 países tinham encerramentos parciais,
em zonas específicas dos respectivos territórios.
A UNESCO frisou que a actual situação
representa "um desafio sem precedentes" para o sector da educação.
Nas declarações feitas na terça-feira,
Vincent Defourny disse que a UNESCO está a trabalhar, juntamente com as
autoridades dos países, para procurar soluções que permitam uma aprendizagem à
distância e inclusiva.
A UNESCO tem destacado que o
encerramento dos estabelecimentos de ensino, mesmo que seja temporário,
representa um custo social e económico alto, lembrando, por exemplo, questões
relacionadas com a alimentação das crianças, uma vez que muitos menores ficam
sem alimentos a que têm acesso na escola.
O coronavírus responsável pela pandemia
da Covid-19 infectou, até à data, mais de 194 mil pessoas, das quais mais de
7.800 morreram.
Das pessoas infectadas em todo o mundo,
mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em Dezembro, e
espalhou-se por mais de 150 países e territórios, o que levou a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a Europa tornou-se o
epicentro da pandemia.
Notabanca; 19.03.2020
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