A "reconciliação da família apuana" ainda não é por
agora.
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné Bissau
(APU-PDGB), renunciou na tarde deste domingo, 8 de março de 2020, o
acordo de incidência parlamentar assinado com o Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e mandatou o presidente do
partido a assinar novo acordo de incidência parlamentar com o Partido da
Renovação Social (PRS) e Movimento para Alternância Democrática
(MADEM-G15).
A decisão do partido foi tomada, através da “resolução aprovada com
maioria esmagadora dos votos, nenhum voto contra e apenas uma abstenção”
numa reunião extraordinária da sua comissão política, realizada num dos
hotéis da capital Bissau.
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné Bissau
(APU-PDGB), renunciou na tarde deste domingo, 8 de março de 2020, o
acordo de incidência parlamentar assinado com o Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e mandatou o presidente do
partido a assinar novo acordo de incidência parlamentar com o Partido da
Renovação Social (PRS) e Movimento para Alternância Democrática
(MADEM-G15).O Democrata apurou de uma fonte que todos os membros do presidium e o Secretário-Geral do partido não tomaram parte no conclave. A mesma fonte informou igualmente que 4 dos 5 deputados de APU-PDGB ausentaram da reunião.
Após a votação, o presidente de APU-PDGB, no seu discurso de encerramento, Nuno Gomes Nabiam disse que criaram o partido para fazer parte do poder e Deus não lhes deu poder, mas alertou para fazer partilha do poder. Nabiam considera o PAIGC “diabo”, por isso, diz não poder nunca defender os libertadores, deixando de lado APU-PDGB.
“Tudo o que estou a fazer é para o bem do partido. Posso até estar errado e admito que me chamem atenção sem me julgar, porque estou simplesmente a agir para o bem do nosso grande partido. Portanto podem alinhar comigo criticando de maneira construtiva”, espelhou.
O líder de APU-PDGB assegurou ainda que no dia em que o programa do governo liderado por Aristides Gomes foi aprovado na Assembleia Nacional Popular, o presidente de apuanos foi humilhado e o próprio partido foi desautorizado.
“O PAIGC tinha único interesse de o programa do governo ser aprovado para depois deixar o nosso partido de lado. Prova disso não conseguimos nomear pessoas nas regiões, na Autoridade Reguladora Nacional (ARN) e na função pública, porém, o irmão do Domingos Simões Pereira foi nomeado na Segurança Social”, sublinhou.
Essa renúncia não tem peso nenhum porque os deputados mantêm a lealdade e estão alinhados com a bancada do PAIGC.
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