Notabanca

CADI SEIDE ESCREVE CARTA AO SISSOCO EMBALÓ 
Permita- me emitir a minha opinião sem perseguições como cidadã e médica pediatra.
Antes de mais, gostaria rogar ao Omnipotente Deus, para nos livrar do Coronavirus, Amém!
Em primeiro lugar gostaria de tecer algumas considerações para melhor colocar as minhas sugestões:

- Acompanhamos em várias das suas intervenções de que o Sr. Está na altura de disponibilizar meios para dar resposta às problemáticas sanitárias do país, tais como: melhores condições de trabalho, equipamentos, oxigénio, medicamentos, formação do pessoal entre outra;
- Você falou da sua diplomacia activa e capacidade de influência, recentemente visitou Senegal, Niger e Nigéria;
- Você tem um avião ao seu dispor;

- Você conta com atolerancia dos sindicalistas guineenses e a solidariedade do Movimento Nacional da Sociedade civil para Paz e Democracia ;

- Você conta com apoio das chefias militares e da força de segurança;

- Você tem apoio de alguns partidos políticos e alguns ex candidatos às presidenciais 2019 com seus apoiantes.

Contudo estou preocupada com os seguintes factos:

- Será que estamos perante uma eminente calamidade?
- Quém é o ministro da saúde pública?
- COES está funcional depois do seu desmantelamento?
- Qual é o novo plano de emergência sanitária?
- Qual é o pronunciamento da ANP enquanto representante do povo?
- Quém são os parceiros financiadores da emergência neste momento?
- Temos espaços de atendimentos equipados?
- Temos condições ventilatoria?
- Temos condições de triagem efectiva,?
- Temos o pessoal suficiente e capacitados para tal?
- Com que rádios e jornalistas vão trabalhar?
- Cómo funcionará a cadeia de comando e de evacuação sanitária?
- Existe meios de evacuação aérea, terrestrebe marítimas?
- Existem tendas de campanhas sanitarias equipadas e suficientes, onde serão instaladas?

- Qual é o sistema de comunicação que se vai implementar?

- Temos estoques de medicamentos e materiais sanitários e de prevenção?

- Temos estoques de combustível, de gás butano e de oxigénio?

- Temos estoques de produtos alimentícios, água e outros?

- Se vier aparecer, cómo será a gestao dos cadáveres ( sacos, caixas fúnebres, identificação, velório, enterro, etc.)?

- Vão continuar com as menhas linhas verdes de emergência, sabem quais são?

- Cómo serão abastecidos as populações em termos de alimentos e água?

- Quém não tiver dinheiro Cómo será o seu auto- sustento?

Proposta de solução:

- lavar e lavar sempre às mãos;

- higiene físico e ambiental;

- campanhas de sensibilização forte;

- retirar as forças de defesa e segurança com armas e gás lacrimogêneo das ruas. Estamos numa guerra biológica e não com armas de fogos e engenhos explosivos;

- abstenham-se ainda de perseguições aos membros do governo eleito de Dr. Aristides Gomes e jornalistas para poderem ajudar o povo guineense com às suas massas cizentas;

- mobilizar jovens, cidadãos para sensibilização massiva no terreno e pelas rádios;

- Dizer ao seu amigo Presidente Macky Sal do Senegal para lhe colocar um pequeno Laboratório de detenção do virus como às fronteiras estão fechadas, pode funcionar como um sucursal do Instituto Pasteur de Dakar;

- Solicitar à Nigéria 2 contigentes de médicos, tecnicos, enfermeiros, tendas de campanha sanitária com ventiladores acoplados, ambulâncias equipadas, etc.

- Apelar ao Presidente do Niger para comprar roupas descartáveis, mascaras, oxigénio, lençóis, sacos para cadáveres, etc.

- Aos seus amigos multimilionários, os empresários nacionais e outros helicóptero para evacuação sanitária das Ilhas, combustível, gás butano, estoques de alimentos para pacientes, pessoal sanitário e população;

- As forças de defesa e segurança podiam continuar apoiar no saneamento básico e segurança interna;

- Ter uma cadeia única de comando e de gestão da crise sanitária.

- Chamar o povo guineense para se engajar com seriedade evitando assim, a maior propagação possível;

- Esquecer um pouco dos partidos políticos, afinidades étnicas e religiosas.

Acreditar que podemos, se queremos.

Cadi Seidi 
Notabanca; 21.03.2020