O Fundo das
Nações Unidas para Infância (UNICEF), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
ONU e a Organização das Nações Unidas para População (UNFA), anunciaram esta
quinta-feira a criação de uma nova “Geração de Igualdade” para impulsionar
ainda mais o investimento e os resultados para a igualdade de género.
O anúncio
consta numa Declaração Conjunta da directora Executiva do UNFA, Natalia Kanem,
do UNICEF, Henrietta Fore, da directora executiva da ONU mulher, Phumzile
Mlambo-Ngcuka e o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por
ocasião do Dia Internacional da Tolerância Zero a mutilação genital feminina.
A ONU
mulher, UNICEF, UNFPA e outras organizações disseram que agora é o momento de
investir , traduzir os compromissos políticos já assumindo em acções concretas,
acabar com a prática de uma vez por todas e cumprir com as promessas a Tabitha e a todas as meninas, de
atingir zero mutilação genital feminina até 2030.
Tabitha é
uma criança do Quênia cujos os país negaram que a filha fosse submetida a
mutilação genital.
Segundo
estas organizações, embora tenha havido
progressos significativos na eliminação genital feminina nos últimos 30 anos,
hoje aproximadamente 200 milhões de meninas e mulheres foram vítimas dessa
prática.
“Essa
prática pode ter consequências físicas, psicológicas e sociais a longo prazo”,
dizem.
As referidas organizações revelam que o apoio à esta prática está
diminuir e que meninas de 15 a 19 anos em países onde a mutilação
genital feminina é predominante estão menos favoráveis à comunicação da
prática do que as mulheres de 45 a 49
anos.
“E em muitos
países, as meninas jovens correm um risco muito menor de serem submetidas à
mutilação genital feminina do que as suas mães e avós foram. O rápido
crescimento da população jovem pode levar a um aumento significativo do número
de meninas em risco até 2030”, lê-se no documento.
A ONU
Mulher, Unicef, UNFPA OMS acreditam que os jovens de hoje podem desempenhar um
papel crítico para pôr fim à mutilação genital feminina.
Para o
efeito sugerem investimentos em movimentos liderados por jovens para defender a
igualdade de gênero, o fim da violência contra mulheres e meninas e a
eliminação de práticas prejudiciais.
“Isso requer
a inclusão de jovens como parceiros na elaboração e implementação de planos de
ação nacionais, o reforço do relacionamento com organizações e redes lideradas
por jovens que trabalham para acabar com
a mutilação genital feminina e reconhecê-la como uma forma de violência contra
mulheres e meninas, empoderando os jovens a liderar campanhas comunitárias que
desafiam normas e mitos sociais, e envolver meninos e homens como aliados”,
refere a comunicação dos responsáveis destas organizações.
Na cimeira
de Nairobi sobre a ICPD25, realizada no ano passado, governos, sociedade civil,
organizações religiosas e empresas privadas se comprometerem a acabar com a
violência baseada no gênero e práticas prejudiciais, tais como, a mutilação
genital feminina, num período de 10 anos, o mesmo prazo para alcançar os
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Notabanca;
06.01.2020
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