GOVERNO
CONSIDERA INVESTIDURA DE SISSOCO DE TRAIÇÃO À PÁTRIA E PERIGO A PAZ E ESTABILIDADE
O Conselho de Ministros da Guiné-Bissau condenou
hoje a atitude do Presidente cessante, José Mário Vaz, e a cumplicidade das
forças armadas na cerimónia simbólica de posse de Umaro Sissoco Embaló como
chefe de Estado do país.
Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das eleições
presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições, tomou hoje posse numa
cerimónia simbólica, quando o Supremo Tribunal de Justiça analisa um recurso de
contencioso eleitoral interposto pela candidatura de Domingos Simões Pereira,
que alega a existência de graves irregularidades no processo.
Num comunicado, divulgado na sequência de uma reunião do Conselho de Ministros,
em que participaram os parceiros internacionais presentes no país, o Governo
guineense condenou a "atitude cúmplice dos setores das Forças Armadas,
particularmente do Batalhão da Guarda Presidencial, para a viabilização daquela
tomada de posse".
O Conselho de Ministros contestou também a "viabilização pelas Forças
Armadas da realização da cerimónia de empossamento ao pretenso cargo de
Presidente da República do candidato Umaro Sissoco Embaló, num clima de total
banalidade e desrespeito à Assembleia Nacional Popular, único órgão de
soberania constitucionalmente competente para conferir posse a um Presidente da
República democraticamente eleito".
Na nota, o Governo condenou também o comportamento do Presidente cessante, José
Mário Vaz, por “no fim do mandato resolver envergonhar e tentar decapitar, mais
uma vez, o Estado soberano da República da Guiné-Bissau, ao apadrinhar a tomada
de posse de Umaro Sissoco Embaló, abrindo-lhe, de forma indevida quanto
leviana, as portas do Palácio da República".
O Conselho de Ministros considerou a "atitude de José Mário Vaz a
consumação de um processo de auto destituição automática, colocando o país sem
Presidente da República, contribuindo assim para o aprofundar da crise e o
império do caos e da anarquia, seu habitat preferível".
No comunicado, o Governo responsabilizou Umaro Sissoco Embaló pelas
"consequências que poderão advir dessa usurpação de poderes e competências
consumada", considerando que a sua atitude configura um "golpe de
Estado".
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, também considerou hoje que a
tomada de posse simbólica é “um golpe de Estado” com o patrocínio do Presidente
cessante do país.
O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, que conforme a lei do
país é quem concede a posse ao Presidente eleito, demarcou-se da cerimónia,
alegando aguardar pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça ao recurso
interposto pelo candidato Domingos Simões Pereira
Notabanca;
27.02.2020
Ma cal governo nha djente? Governo k demitidu desde ano passadu ?
ResponderEliminarAristides Gomes, por favor, deixe de brincar com a paciência do povo guineense. Alguém já disse que você é presidente demitido e com a investidura do novo chefe de estado USE, já tem dias contados. Sai fora!
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