Nuno Nabiam, nomeado sexta-feira primeiro-ministro tomou hoje posse na presença de todas as chefias militares do país e diz que vai trabalhar para melhorar a vida das pessoas.
"Há
problemas em todos os setores, temos de nos concentrar naquilo que é o aspeto
social da nossa população. Portanto, vamos tentar pôr as escolas em ordem,
vamos tentar resolver os problemas de saúde, de infraestruturas e trabalhar na
unidade nacional", afirmou aos jornalistas Nuno Nabiam.
O ex-primeiro
vice-presidente do parlamento guineense referiu também que as "crises
cíclicas que o país tem conhecido" não têm ajudado a Guiné-Bissau a
conhecer os "melhores caminhos do desenvolvimento".
Questionado
sobre como pensa trabalhar com o parlamento, tendo em conta a atual situação do
país, Nuno Nabiam disse que se vai conseguir "chegar a consenso".
"Vamos
ter de trabalhar, isto é política, estamos num Estado democrático e temos de
exercer a nossa função de poder trabalhar a nível do parlamento", afirmou.
Num discurso
proferido depois da tomada de posse de Nuno Nabiam, Umaro Sissoco Embaló
pediu-lhe para restabelecer a "ordem e tranquilidade no país, através de
uma governação assente no respeito pela dignidade da pessoa humana e na gestão
criteriosa, rigorosa e transparente da coisa pública".
O general
pediu também o "restabelecimento imediato do funcionamento dos serviços
sociais básicos", a criação de condições para um "bom desenrolar da
campanha de caju", principal produto de exportação do país e o estabelecimento
de "mecanismos urgente" para combate à corrupção, crime organizado,
tráfico de drogas e "impunidade em geral".
Umaro
Sissoco Embaló pediu também para sejam criadas condições para a transformar o
setor da justiça, considerando que só assim haverá um incentivo à paz e
reconciliação entre os guineenses.
Umaro
Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das presidenciais da
Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições, tomou posse simbolicamente
como Presidente guineense na quinta-feira, numa altura em que o Supremo
Tribunal de Justiça ainda analisa um recurso de contencioso eleitoral
interposto pela candidatura de Domingos Simões Pereira, que alega a existência
de graves irregularidades no processo.
Entretanto,
também na sexta-feira, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano
Cassamá, tomou posse como Presidente da República interino, com base no artigo
da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado tome posse em caso de
vacatura na chefia do Estado.
Nuno Nabian
é o líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau
(APU-PDGB), que fazia parte da coligação do Governo, mas que apoiou Sissoco
Embaló na segunda volta das presidenciais.
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