O Reino Unido acaba de revelar as modalidades da sua nova política migratória pós-Brexit, com a qual o governo de Boris Johnson pretende deixar de depender da "mão-de-obra barata" europeia, para dar prioridade aos trabalhadores altamente qualificados oriundos do mundo inteiro.
Neste novo sistema de imigração que o governo britânico pretende aplicar já a partir de 2021 a todos os estrangeiros, incluindo os da União Europeia, pondo fim à liberdade de circulação, os trabalhadores com poucas habilitações e salários baixos não vão poder mais imigrar para o Reino Unido.
Uma das
promessas do Brexit, lembrou a ministra do Interior, Priti Patel. "Esta é
uma reforma radical, absolutamente. Vai ser a primeira vez em quase 40 anos que
o governo britânico vai ter controlo e determinar a sua política de imigração”
vincou a governante.
Com base num
sistema de acumulação de pontos, os candidatos à imigração deverão responder a
critérios como ter um bom domínio de um inglês, ter o ensino secundário
concluído, ou ainda ter uma oferta de emprego.
Neste
âmbito, quem pretender estabelecer-se no Reino Unido deverá obter um mínimo de
70 pontos e receber um salário de pelo menos 25.600 libras, cerca de 31 mil
euros, o governo britânico tendo informado que pretende igualmente estabelecer
um sistema de pontos para os estudantes.
Perante esta
nova perspectiva, indústrias como as da restauração, fábricas e assistência
social têm dado conta da sua preocupação, devido ao seu recurso assíduo a uma
mão-de-obra barata e pouco qualificada.
Apesar
destes sectores e da própria oposição terem tecido alertas sobre o risco de um
impacto negativo deste dispositivo sobre a economia e a sociedade, o governo
insiste no objectivo de reduzir o recurso à mão-de-obra externa.
Neste sentido, o executivo britânico recomenda
que as empresas alarmadas aumentem a sua produtividade, investindo na
mecanização e na criação de incentivos para reter os seus empregados.
Notabanca;
23.02.2020
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