terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

MENSAGEM DE CONDOLÊNCIA DO PAIGC 
É com profunda consternação que a Direcção Nacional do PAIGC e o seu Presidente, Eng. Domingos Simões Pereira comunicam aos dirigentes, militantes e aos guineenses de que faleceu hoje, em Moçambique, o camarada Marcelino dos Santos, companheiro de Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Viriato da Cruz, Mário de Andrade, Lúcio Lara e de outros importantes dirigentes históricos da Luta de Libertação Nacional das ex-Colónias portuguesas e da CPLP.


O camarada Marcelino dos Santos, foi um dos fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e um dos grandes símbolos do nacionalismo africano, faleceu hoje dia 11 de fevereiro aos 90 anos, sendo também considerado em Moçambique como um herói nacional.

O camarada Marcelino dos Santos foi uma destacada figura na política de Moçambique e ganhou, na companhia dos seus companheiros de luta, dentre eles, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Viriato da Cruz, Mário de Andrade, Lúcio Lara, entre outros, protagonismo na construção do nacionalismo em África e na subsequente edificação dos movimentos de libertação.

O camarada Marcelino dos Santos fez pleíade com os grandes percursores da nossa independência, cujos nomes ultrapassaram as fronteiras naturais dos respectivos países, conquistando o respeito e a admiração do mundo.

O camarada Marcelino dos Santos combateu o colonialismo português em Moçambique. No pós-independência continuou a assumir posições de relevo quando a FRELIMO passou a partido e assumiu o Governo.

O grande herói moçambicano, companheiro e amigo de Amílcar Cabral, desde os anos 40, na Casa dos Estudantes do Império, em Portugal, foi um grande Combatente da Liberdade e deu uma inestimável contribuição para a criação e fortalecimento da FRELIMO, cabendo-lhe inclusive, a responsabilidade de escrever os primeiros Estatutos da FRELIMO, em consequência da união dos três movimentos nacionalistas: UDENAMO, MANU e UNAMO.

Logo após a independência, Marcelino dos Santos foi o nomeado pelo Presidente Samora Machel como Ministro da Planificação e Desenvolvimento e foi igualmente Presidente da primeira Assembleia Popular até 1994, ano em que Moçambique realizou as primeiras eleições da sua história.

O combate político levado a cabo pelo camarada Marcelino dos Santos, não se cingiu somente ao campo político, a escrita também foi um instrumento que usou para combater, vestindo a pele de Lilinho Micaia e Kalungano. "Canto do Amor Natural" foi o único livro publicado com o seu nome Marcelino dos Santos.

Na época em que a poesia de combate era a onda em que os independentistas navegavam, publicou poemas no jornal Brado Africano em Moçambique e em duas antologias publicadas pela Casa dos Estudantes do Império, em Portugal.

Perante esta figura mítica e histórica, a Direcção Nacional do PAIGC se curva para apresentar ao povo moçambicano, ao Partido FRELIMO e ao Camarada Presidente Filipe Nyusi, os seus sentimentos de respeitosos pesâmes e que o mesmo seja extensivo à família deste grande filho de Moçambique.

Que o exemplo de Cidadão, de Combatente da Liberdade e de Político que o camarada Marcelino dos Santos personificava, contagie não somente a juventude moçambicana, mas igualmente a juventude da Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e de todo o continente africano.
Glória eterna ao Camarada Marcelino dos Santos!

Bissau, 11 de fevereiro de 2020.
Pela Direcção Nacional do PAIGC

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