Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) visitou a Guiné-Bissau na quinta-feira, 30 de janeiro de 2020, e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que volte a fazer o apuramento nacional dos resultados da segunda volta das presidenciais, a 29 de dezembro.
Em
comunicado, a CEDEAO recomendou à CNE que proceda à “verificação do apuramento
nacional dos dados emitidos pelas comissões regionais”. O processo seria feito
“sob a égide da CEDEAO, na presença dos representantes dos dois candidatos, o
mais tardar até 7 de fevereiro de 2020”.
Para o
analista político Rui Jorge Semedo, a visita da delegação ministerial da CEDEAO
é a “correção” de um “erro diplomático que cometeu quando, antes da
clarificação da situação, já reconhecia a vitória de Úmaro Sissoco Embaló, sem
ser reconhecido pelos outros órgãos competentes do país”.
A CNE
divulgou os resultados provisórios da segunda volta das eleições presidenciais
há quase um mês. E, de acordo com o órgão, o candidato Úmaro Sissoco Embaló foi
o grande vencedor. Mas, através de um recurso interposto no Supremo Tribunal de
Justiça pelo candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, a
instância máxima entende que a CNE não cumpriu com a lei eleitoral antes de
divulgar os resultados. O braço de ferro entre as duas instituições arrasta-se
há semanas.
Notabanca.
30.01.2020
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