O Coletivo dos Advogados de Defesa de 12 suspeitos da maior operação de apreensão de cocaína na Guiné-Bissau alega que não existem provas suficientes para condenar os suspeitos implicados na operação, conhecido por " Operação Navarra".
A posição dos causídicos foi transmitida à imprensa, esta terça-feira, 07 de janeiro, por Basílio Sanca, à entrada do julgamento do processo nas antigas instalações do Supremo Tribunal de Justiça em Bissau, na qual revela que o caso encerra vícios grandes.
"O processo encerra vícios grandes. Nós, numa primeira fase do caso, vamos tentar arguir estes vícios com a postura de perseguição dos vícios, e caso for provado tal situação, convencermos o tribunal a passar para a fase de discussão e julgamento do caso", argumentou Sanca.
Igualmente Bastonário de Ordem dos Advogados guineenses, Sanca revela que os suspeitos foram vítimas de torturas, com objetivo dos os levar a confessar os crimes de tráfico de droga, ligado ao mesmo processo.
Perante este cenário, Sanca afirma que não existem elementos probatórios que estabelecem uma ligação direta entre os suspeitos e a quantidade de cocaína apreendida pela Polícia Judiciaria(PJ) guineense.
Segundo constatou uma equipa da Rádio Jovem que esteve no local, na sala de audiência compareceram 10 dos 12 suspeitos, uma vez que 2 envolvidos nunca terão sido detidos pela PJ, e encontrando-se a monte.
No âmbito do processo, foram constituídos suspeitos 12 pessoas, nomeadamente sete guineenses, três colombianos, um mexicano e um maliano, estando em fuga um guineense e um mexicano, que lideravam a organização e para quem foi emitido um mandato de captura internacional.
As 12 pessoas são suspeitas de indícios da pratica de crime de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Em setembro de 2019, a PJ anunciou a apreensão de 1.869 quilogramas de cocaína no norte do país no âmbito de uma operação, que ficou conhecido como como "Navarra".
Notabanca; 07.01.2020
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