sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

IGREJA CATÓLICA DE BISSAU ACOLHE XIV ENCONTRO DE BISPOS DE PAÍSES LUSÓFONOS
Os bispos católicos de países lusófonos estão reunidos em Bissau no âmbito do XIV encontro que decorre sob o lema, “O Diálogo Inter-religioso na Construção da paz e do Desenvolvimento nos países Lusófonos”
 Ao presidir a cerimónia de abertura do evento,que decorre até ao dia 21, o Bispo de Bissau, Dom José Camnaté Na Bissing disse que a realização do encontro na Guiné-Bissau constitui uma oportunidade para o Povo guineense reafirmar o seu abraço aos nobres ideais da fê em Deus, da fraternidade humana, e revitalizar os seculares laços culturais que os unem.


O líder da igreja católica afirmou que os objectivos que o presente encontro persegue reforçam, sem margens de dúvidas, a comunidade que juntos pretendemos edificar.

“Gostaria pois de agradecer à Deus, por essa dádiva, que representa o elevado nível de solidariedade e partilha na sociedade guineense, e agradecer, mais uma vez, a vossa presença neste país que representa igualmente uma expressão de fraternidade  que Cristo veio instaurar no nosso mundo”, disse o Bispo de Bissau.

Acrescentou que a presença dos representantes de Igrejas irmãs, aviva em católicos a consciência de que não estam entregues apenas à suas sortes, neste mundo que teima em descurar os inúmeros flagelos que atentam contra a dignidade do ser humano e a preservação da natureza.

“É evidente para todos que a Guiné-Bissau é ainda um oásis em que os sinais de ecumenismo e de diálogo inter-religioso mantêm-se vivos e atuantes”, disse.

Afirmou que crentes de diferentes religiões trabalham, de mãos dadas, para sarar feridas de um passado de divisão e conflitos e traçar novos percursos de diálogo, de conhecimento mútuo, busca da verdade e de criação de condições para o verdadeiro processo de reconciliação nacional que abra caminho para uma paz duradoira.

Para o Secretário da Conferência Episcopal dos Países Lusófonos, o Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente , os sucessivos encontros das Igrejas dos países que partilham a mesma língua acabam por ser uma maneira de eles perspectivarem ainda mais e melhor a vida de cada comunidade no contexto de várias nações que aqui se encontram.
Dom Clemente afirmou que tem sido muito produtiva caminhada conjunta que levam a cabo, e disse que muita coisa depois, directa e indirectamente, se vão reflectindo na vida das Igrejas locais.
Por sua vez, a ministra da Administração Territorial e Gestão Eleitoral, Maria Odete Semedo, em representação do Governo, disse que o encontro dos Bispos dos países lusófonos que já vai na sua XIV edição acontece num momento em que, mais do que nunca, o mundo clama por uma relação inter-religiosa ou seja ecuménica positiva para a construção e consolidação da cultura de paz.

A governante afirmou que os países da África Ocidental, em particular a Guiné-Bissau,hoje mais do que nunca, necessitam  do diálogo inter-religioso em que haja tolerança de parta a parte, para que possam encaminhar-se para o desenvolvimento sustentável.

“A riqueza de um país não são os seus recursos mineiros, mas sim os seus recursos humanos, e eles precisam viver numa posição ou seja numa condição de tolerânça em que a solidariedade impera”, defendeu.

Segundo Odete Semedo, hoje a Guine-Bissau  precisa da oração de todos, tanto dos católicos cristãos, como dos evangélicos, muçulmanos e de todos aqueles que prefeçam de religião de matriz africana, “porque Deus é só um”. Durante o encontro de Bissau, os Bispos lusófonos irão discutir a Realidade Episcopal de cada país, seguida de uma conferência pública sobre o Tema da Reunião, encontro com a Reitoria, Professores e Estudantes da Universidade Católica da Guiné, entre outros.
Notabanca; 17.01.2020

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