IGREJA CATÓLICA DE BISSAU
ACOLHE XIV ENCONTRO DE BISPOS DE PAÍSES LUSÓFONOS
Os bispos católicos de países lusófonos estão reunidos em Bissau no âmbito do XIV encontro que decorre sob o lema, “O Diálogo Inter-religioso na Construção da paz e do Desenvolvimento nos países Lusófonos”
Os bispos católicos de países lusófonos estão reunidos em Bissau no âmbito do XIV encontro que decorre sob o lema, “O Diálogo Inter-religioso na Construção da paz e do Desenvolvimento nos países Lusófonos”
Ao presidir
a cerimónia de abertura do evento,que decorre até ao dia 21, o Bispo de Bissau,
Dom José Camnaté Na Bissing disse que a realização do encontro na Guiné-Bissau
constitui uma oportunidade para o Povo guineense reafirmar o seu abraço aos
nobres ideais da fê em Deus, da fraternidade humana, e revitalizar os seculares
laços culturais que os unem.
O líder da
igreja católica afirmou que os objectivos que o presente encontro persegue
reforçam, sem margens de dúvidas, a comunidade que juntos pretendemos edificar.
“Gostaria
pois de agradecer à Deus, por essa dádiva, que representa o elevado nível de
solidariedade e partilha na sociedade guineense, e agradecer, mais uma vez, a
vossa presença neste país que representa igualmente uma expressão de
fraternidade que Cristo veio instaurar
no nosso mundo”, disse o Bispo de Bissau.
Acrescentou
que a presença dos representantes de Igrejas irmãs, aviva em católicos a
consciência de que não estam entregues apenas à suas sortes, neste mundo que
teima em descurar os inúmeros flagelos que atentam contra a dignidade do ser
humano e a preservação da natureza.
“É evidente
para todos que a Guiné-Bissau é ainda um oásis em que os sinais de ecumenismo e
de diálogo inter-religioso mantêm-se vivos e atuantes”, disse.
Afirmou que
crentes de diferentes religiões trabalham, de mãos dadas, para sarar feridas de
um passado de divisão e conflitos e traçar novos percursos de diálogo, de
conhecimento mútuo, busca da verdade e de criação de condições para o
verdadeiro processo de reconciliação nacional que abra caminho para uma paz
duradoira.
Para o
Secretário da Conferência Episcopal dos Países Lusófonos, o Cardeal Patriarca
de Lisboa, Dom Manuel Clemente , os sucessivos encontros das Igrejas dos países
que partilham a mesma língua acabam por ser uma maneira de eles perspectivarem
ainda mais e melhor a vida de cada comunidade no contexto de várias nações que
aqui se encontram.
Dom Clemente
afirmou que tem sido muito produtiva caminhada conjunta que levam a cabo, e
disse que muita coisa depois, directa e indirectamente, se vão reflectindo na
vida das Igrejas locais.
Por sua vez,
a ministra da Administração Territorial e Gestão Eleitoral, Maria Odete Semedo,
em representação do Governo, disse que o encontro dos Bispos dos países
lusófonos que já vai na sua XIV edição acontece num momento em que, mais do que
nunca, o mundo clama por uma relação inter-religiosa ou seja ecuménica positiva
para a construção e consolidação da cultura de paz.
A governante
afirmou que os países da África Ocidental, em particular a Guiné-Bissau,hoje
mais do que nunca, necessitam do diálogo
inter-religioso em que haja tolerança de parta a parte, para que possam
encaminhar-se para o desenvolvimento sustentável.
“A riqueza
de um país não são os seus recursos mineiros, mas sim os seus recursos humanos,
e eles precisam viver numa posição ou seja numa condição de tolerânça em que a
solidariedade impera”, defendeu.
Segundo
Odete Semedo, hoje a Guine-Bissau
precisa da oração de todos, tanto dos católicos cristãos, como dos
evangélicos, muçulmanos e de todos aqueles que prefeçam de religião de matriz
africana, “porque Deus é só um”. Durante o encontro de Bissau, os Bispos
lusófonos irão discutir a Realidade Episcopal de cada país, seguida de uma
conferência pública sobre o Tema da Reunião, encontro com a Reitoria,
Professores e Estudantes da Universidade Católica da Guiné, entre outros.
Notabanca; 17.01.2020
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