O régulo de Bafatá, Seco Mussá Sidibé, alertou os guineenses que quem fez a luta pela independência da Guiné-Bissau não selecionou etnias e que todos contribuíram com o seu “quinhão”, criticando quem faz campanha utilizando aquele discurso.
“A Guiné-Bissau é constituída por um mosaico étnico e, portanto, quem fez a luta não selecionou as raças (etnias), todas as que surgiram participaram na luta e tem o seu quinhão”, afirmou Seco Mussá Sidibé.
O régulo de Bafatá, cidade situada a cerca de 150 quilómetros a leste de Bissau, falava à Lusa no âmbito da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para dia 29, que tem sido marcada por um discurso étnico e religioso.
“É a primeira vez que está a surgir no nosso país. O meu alerta vai para os meus conterrâneos guineenses para não verem esta questão da religião e a questão étnica e para verem, primeiro, o que significa uma eleição e, de seguida, o que é um cartão de eleição, que é um voto”, afirmou Seco Mussá Sidibé.
Para o
régulo de Bafatá, o problema está no índice de analfabetismo que existe no
país.
“Estamos na dinastia do analfabetismo e uma pessoa só orienta mil pessoas e não deve ser. Uma pessoa deve saber que tendo o seu cartão de eleitor na mão vai deixar o seu voto na urna”, salientou.
“Estamos na dinastia do analfabetismo e uma pessoa só orienta mil pessoas e não deve ser. Uma pessoa deve saber que tendo o seu cartão de eleitor na mão vai deixar o seu voto na urna”, salientou.
Para o
régulo, as pessoas devem pensar, primeiro, no país e perceberam que com o voto
na urna, enquanto cidadãos, estão a contribuir para o círculo de decisão do
país.
“As pessoas
estão a ver coisas novas nestas eleições e o que todo o mundo quer é que as
pessoas votem conscientemente”, acrescentou.
Questionado sobre se o discurso étnico e religioso vai prosseguir após o fim do ciclo eleitoral na Guiné-Bissau, Seco Mussá Sidibé disse que os guineenses se entendem muito facilmente.
Questionado sobre se o discurso étnico e religioso vai prosseguir após o fim do ciclo eleitoral na Guiné-Bissau, Seco Mussá Sidibé disse que os guineenses se entendem muito facilmente.
“É só neste
época e nesta fase, terminando as eleições voltamos a estar alinhados. Estamos
a fazer isto, porque muitas pessoas são orientadas”, explicou.
Para o
futuro Presidente da Guiné-Bissau, o régulo de Bafatá aconselhou que a sua
primeira obra seja banir aquele discurso e ser um “pai da pátria, sem excluir
ninguém”.
Mais de
760.000 guineenses escolhem no dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau
entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado
pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).
Notabanca; 25.12.2019
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