O processo de votação antecipada das forças de defesa e segurança iniciou hoje quinta-feira, 26 de dezembro de 2019, em todo o território nacional, sem a presença dos militares. Apenas os paramilitares, polícias e Guarda Nacional, para assim se precaver de interpretações e má compreensão dos citadinos como aconteceu na primeira volta das eleições presidenciais.
Numa
entrevista exclusiva ao semanário O Democrata, sobre o processo de votação
antecipada que está decorrer em todo território nacional, o presidente da
Comissão Regional de Eleições de Setor Autônimo de Bissau, Fernando Bacurim,
explicou que na primeira volta, o voto antecipado das forças de defesa e
segurança criou uma certa dúvida sobre o seu manejo, razão pela qual decidiram
trabalhar junto das forças de defesa, mostrando-lhes que nesta segunda volta só
podem votar antecipadamente os agentes que irão manter segurança no dia do
processo de votação.
Aquele
responsável de CRE de Bissau assegurou que na base da sensibilização, os
militares decidiram não participar na votação antecipada de hoje, aguardando o
dia 29 para exercer os seus direitos cívicos junto com os civis nas assembleias
de voto onde se recensearam, evitando assim as interpretações, como aconteceu
na primeira volta. Por isso, hoje estão apenas a votar os polícias e a Guarda
Nacional implicados nos trabalhos de garantir a segurança às mesas de
assembleia de voto no dia da votação.
Questionado
sobre o fato de os militares não participarem no processo de votação
antecipada, ao contrário do que aconteceu na primeira volta, deve-se à
desconfiança e interpretações de algumas individualidades sobre a transparência
do voto, Fernando Bacurim, confirmou que essa é uma das razões, mas
também porque a lei não diz que todos os militares são obrigados a votar
antecipadamente. Podem votar também as pessoas que vão estar em serviço no dia
da votação.
Fernando
Bacurim, garantiu durante a entrevista que estão criadas as condições
necessárias para iniciar o processo de votação no dia 29 de dezembro,
assim, apelou a participação massiva dos eleitores no sentido de exercerem os
seus direitos cívicos.
Bacurim,
apelou ainda aos responsáveis de mesa de assembleia de voto para criarem uma
fila apenas para os militares no sentido de facilitarem a fluidez do processo e
poderem voltar aos respetivos espaços, neste caso às casernas, para retomarem
os seus trabalhos.
Notabanca; 26.12.2019
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