O ministro da Presidência do Conselho dos Ministros e Porta-voz do Governo, disse que a Guiné-Bissau pertence a lista dos países com índice do desenvolvimento mais baixo onde são violados direitos humanos frequentemente.
Armando Mango
falava segunda-feira na abertura da 5ª Quinzena dos Direitos Humanos cujo tema:
“Bô bin nô papia di diritu”, considerou de triste a violação dos direitos
humanos no país em pleno século XXI, nomeadamente o casamento forçado, excisão
feminina, crianças que não frequentam escolas e entre outros.
O governante acrescentou que a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) tem lutado sem trégua para que as pessoas possam saber que a defesa dos direitos humanos é um valor.
O governante acrescentou que a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) tem lutado sem trégua para que as pessoas possam saber que a defesa dos direitos humanos é um valor.
Informou que o governo vai lutar juntamente com a LGDH para que o país progride em direção a melhoria de muitas coisas más, acrescentando ainda que sem a paz e estabilidade sempre haverá a violação dos direitos humanos.
Armando
Mango sublinhou que os políticos devem considerar que o valor máximo nesse
momento assim como para próximo tempo é a defesa da paz, justificando que
defendendo estes valores não requer a cooperação e nem financiamento é só o
espírito de consenso e sabendo o que é principal e sem fazer boatos como é
feito no país.
O Presidente
da LGDH, Augusto Mário da Silva disse que é celebrada a quinzena de direitos
humanos uma vez que ainda há mulheres que sofrem da violação doméstica.
Mário da
Silva disse que, essa celebração é feita num contexto em que o quotidiano dos
guineenses é caracterizado pela baixa qualidade de vida, impunidade
generalizada, elevada taxa de desemprego, fraco poder de compra e limitado
acesso aos bens e serviços essenciais, sobretudo saúde, educação, energia,
infraestruturas e entre outros.
Afirmou que a
LGDH sentiu-se desafiada a fazer essa quinzena devido o último relatório do
Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) que aponta a Guiné-Bissau como
um dos países do mundo com pior taxa de mortalidade infantil.
Exortou o
governo e seus parceiros nacionais e internacionais a definir e executar
políticas públicas coerentes e eficazes tendentes a reverter esses quadros de
indicadores de forma a permitir que os guineenses fruam na plenitude os seus
direitos.
Por sua vez,
Ana Filipa Oliveira da Associação para Cooperação entre Povos disse que uma
sociedade civil ativa é determinante para a consolidação do Estado de Direito e
da Democracia num país como a Guiné-Bissau, sublinhando que tem o papel de
vigilante e de garante da defesa dos direitos humanos e de apontar os dedos
quando esses direitos não estão a ser respeitados.
Frisou ainda
que um dos papel da sociedade civil como ator político, é de intervenção e de
diálogo das instituições públicas e com parceiros internacionais.
A Projecção
e debate sobre a Participação das Mulheres nas Instâncias de Justiça
Tradicionais, Exposição de Arte Plástica a Temática dos Direitos Humanos,
Sensibilização sobre Direitos e Deveres das Crianças e Peças teatrais,
Lançamento do Livro Pano de Tear “A Mística Tradição da Guiné-Bissau”, Jumbai
Comunitário de Direito à Saúde e Programas de Gratuitidade, e entre outras
atividades que vão preencher a Quinzena dos Direitos Humanos.
Notabanca;
02.11.2019
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