O Presidente chinês Xi Jinping e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron apelaram hoje aos países desenvolvidos que invistam 100.000 milhões de dólares (90.000 milhões de euros), até 2025, para combater as alterações climáticas.
Numa declaração conjunta, intitulada “O apelo de Pequim à conservação da biodiversidade e ao combate às alterações climáticas”, os dois líderes reafirmaram o seu “firme apoio ao Acordo de Paris”, que consideraram “um processo” irreversível e uma “bússola” para uma “ação forte” na questão ambiental.
Xi e Macron
disseram que “estão determinados a fazer esforços sem precedentes para garantir
o futuro das novas gerações” e “intensificar os esforços internacionais” para
combater as alterações climáticas, além de “acelerar a transição para o
desenvolvimento verde”.
A declaração pede que “todos os países, autoridades
internacionais, empresas e organizações não-governamentais publiquem, até ao
próximo ano, as suas estratégias de desenvolvimento a longo prazo, até 2050,
para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”.
Os dois chefes de Estado apelaram ainda a “um
compromisso ativo dos líderes políticos ao mais alto nível”, em favor da
biodiversidade, e ao trabalho conjunto para “reverter a curva de perda da
biodiversidade” até 2030.
Ambos os países pediram ainda um compromisso para
com a restauração dos ecossistemas e medidas ambiciosas para interromper e
reverter a degradação da terra e do mar, recuperando pelo menos 30% dos
ecossistemas degradados.
Os dois líderes enfatizaram que o “Fundo Verde” para
o clima das Nações Unidas “desempenha um papel essencial na mobilização de
recursos financeiros para os países em desenvolvimento”.
A declaração conjunta, emitida durante a visita de
Estado de Macron a Pequim, surge após os Estados Unidos informarem a
Organização das Nações Unidas (ONU) de que iniciaram o processo de retirada do
acordo de combate às alterações climáticas, assinado em Paris há quatro anos.
O Acordo enunciou a meta de impedir um agravamento
da subida já verificada na temperatura média mundial em mais entre 0,5 e 1 grau
Celsius.
Mas os compromissos avançados pelos participantes em
2015 são insuficientes para impedir aqueles níveis de aquecimento.
O aquecimento global, provocado pela queima de
carvão, petróleo e gás, já causou o aumento da temperatura média global em um
grau centígrado desde o final do século XIX.
Entre os seus resultados estão a fusão dos gelos,
eventos extremos e a acidificação dos oceanos. E os cientistas asseguram que,
dependendo da quantidade de dióxido de carbono emitido, a situação só vai
piorar até ao final do século, com a temperatura a aumentar vários graus e o
nível médio do mar em pelo menos um metro.
Notabanca; 06.11.2019
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