A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO) exigiu as pessoas que “abusivamente” integraram o “governo ilegal” de
Faustino Fudut Imbali para se demitirem das funções assumidas, distanciando-se,
assim, de todas e quaisquer iniciativas que visem a comprometer as próximas
eleições presidenciais.
A
advertência daquela organização sub-regional foi torna pública através de um
comunicado lido na voz de representante especial da Comissão da CEDEAO em
Bissau, Blais Diplo que, entretanto, deu ainda aos membros do governo de Fudut
Imbali, nomeados através do decreto presidencial nº 12/2019, 48 horas para
informar ao representante especial da Comissão da CEDEAO em Bissau sobre as
suas decisões de demissão, sob pena de serem-lhes aplicadas “sansões severas e
individuais”, que sairão da cimeira dos Chefes de Estado e do Governo que se
realiza em Niamey, capital do Níger, no próximo dia 08 do mês em curso.
O comunicado
de uma página informa ainda que a comissão tomou em conta os contatos de
mediação feita por diferentes organizações, sobretudo das últimas missões do
Comité de Sanções da ONU e da missão interministerial da CEDEAO, que tentaram
procurar um entendimento entre os atores políticos guineenses. O comité
interministerial por meio do referido comunicado lança o último apelo a todas
as pessoas, que de forma abusiva integraram o governo ilegal de Faustino Fudut
Imbali, no sentido de se demitirem e não só, como também para colaborarem com
as instituições legais da Guiné-Bissau.
Salienta-se
que o comité interministerial chefiado pelo ministro nigerino dos negócios
estrangeiros, Kalla Ankourao, que é igualmente o presidente do Conselho de
Ministros da CEDEAO, conta ainda com a presença do Ministro do Estado e
Secretário-geral da Presidência da Guiné-Conacri, Naby Kirirdi Bangoura,
presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, Comissário de
Assuntos Políticos, da Paz e Segurança, General Francis Behanzin e oficiais
generais da força do ECOMIB.
O comité
interministerial reafirmou no comunicado final distribuído aos jornalistas na
tarde do domingo, 03 de novembro, o seu apoio total ao Primeiro-ministro,
Aristides Gomes e seu governo, cujo programa de governação foi aprovado na
Assembleia Nacional Popular, o que, de acordo com a organização sub-regional,
confirma o apoio do Parlamento guineense ao executivo. A delegação
exorta ainda no comunicado às forças de defesa e segurança a absterem-se de
assumir, manifestamente, ordens ilegais.
Notabanca, 06.11.2019
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