INTERPOL
EMITE MANDADOS DE CAPTURA PARA LUSO-GUINEENSE E COLOMBIANO POR TRÁFICO DE DROGA
A Interpol emitiu mandados de captura internacional para um luso-guineense e
um colombiano suspeitos de tráfico de droga na Guiné-Bissau no âmbito da
operação "Navarra", que culminou com a apreensão de quase duas
toneladas de cocaína.
"Encontra-se lançado um alerta vermelho para a captura internacional
via Interpol dos dois principais líderes da organização, atualmente em fuga,
Braima Seide Bá, de nacionalidade guineense e
portuguesa, e Ricardo Ariza Monges (colombiano)", refere-se numa
informação de serviço da Polícia Judiciária, a que a Lusa teve acesso.
O Ministério Público guineense anunciou na sexta-feira que procedeu à
acusação de 12 pessoas de várias nacionalidades e três empresas guineenses no
âmbito da Operação Navarra, que levou no início de setembro à apreensão de
quase duas toneladas de cocaína e outros bens materiais, por suspeita da
prática de crime de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de
capitais.
Além da droga, a PJ iniciou também uma investigação patrimonial e financeira
por "indícios suficientes de branqueamento de capitais", tendo
apreendido 17 viaturas, dinheiro, bens imóveis e uma lancha rápida.
No documento, a Polícia Judiciária refere também que por "tratar-se de
uma organização criminosa transnacional foi imediatamente ativada a cooperação
internacional" e que ajudaram na investigação uma equipa da Interpol,
composta por elementos da Colômbia, Brasil, Franca e Guiné-Conacri, e o
Departamento de Segurança Interna e a DEA (Drug Enforcement Administration) dos
Estados Unidos.
A apreensão das quase duas toneladas de cocaína, um novo recorde da história
da Guiné-Bissau, no início de setembro foi feita no norte do país.
Notabanca; 30.09.2019
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