O Presidente da República cessante questionou o paradeiros dos recursos internos ou seja as receitas diárias da Direcção Geral das Alfândegas, sobretudo da campanha de castanha de cajú, das contribuições impostos, fundos autónimos e dos apoios orçamentais.
José Mário
Vaz, em mensagem à Nação por ocasião do Dia da Independência da Guiné-Bissau
celebrado terça-feira, 24 de Setembro, afirmou que teve a feroz e cruel
oposição da pseudo elite que prefere ficar com o dinheiro dos salários dos
funcionários, em vez de lhes pagar os seus direitos todos os meses.
“É caso para
perguntar onde para o dinheiro da Direcção-geral das Alfândegas, das Contribuições
e Impostos e dos Fundos Autónomos que deveriam entrar diariamente nos cofres de
Estado”, questionou.
O Presidente
da República cessante afirmou que recentemente o Governo contraiu empréstimo
através da emissão de títulos de tesouro num montante de 10 mil milhões de
francos CFA e que pretende emitir
brevemente mais títulos de tesouro no mesmo montante perfazendo 20 mil milhões
de francos CFA.
“Isso
constitui um grande encargo para os nossos filhos e netos depois de um enorme
sacrifício do Programa de Ajustamento Estrutural, proposto pelo FMI e que nos
levou, em 2011, ao perdão da dívida externa no valor de 1,3 mil milhões de
dólares, considerada um alívio para a geração vindoura, algo que acontece só
uma vez na vida da cada país”, disse.
José Mário
Vaz sublinhou que é a sua obrigação enquanto mais alto magistrado da Nação,
lançar um apelo à Inspecção-geral das Finanças, ao Tribunal de Contas, à
Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para Assuntos Económicos,
à justiça e demais instituições do Estado para assumirem as suas
responsabilidades.
“Permanentemente,
sou difamado e caluniado como manobra de distracção por aqueles irmãos que não
querem colocar o dinheiro do Estado no cofre do Estado”, frisou, acrescentando
que esse dinheiro faz falta nas escolas, nos hospitais, nas infra-estruturas e
na agricultura.
Disse que
defendeu e defenderá sempre os mais fracos, os que não têm a voz, ou seja as
mulheres, os jovens, os lavradores, os produtores da castanha de cajú, os taxistas,
as bideiras, os pescadores, os professores, os profissionais de saúde bem como
os simples funcionários que reivindicam os seus direitos de melhores condições
de trabalho.
“Nunca tive
receio de confrontar o status quo, os interesses instalados, os que se acham
poderosos e os intocáveis”, vincou José Mário Vaz.
NOTABANCA; 26.09.2019
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