O Movimento dos Cidadãos Conscientes Inconformados (MCCI) considera de desumana a forma como os guineenses são tratados nos serviços consulares de Portugal na Guiné-Bissau.
Em
conferência de imprensa segunda-feira (29), o presidente do Movimento dos
Inconformados, Sana Canté teceu
críticas por alegada morosidade
nos processos de atendimentos na embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.
Canté
diz ser “fatigante e custoso” o acesso aos serviços da embaixada porque os
guineenses ficam anos a espera de um agendamento para a concepção de visto de
entrada à Portugal.
“Até os
serviços mais simples da embaixada de Portugal é muito custoso para os cidadãos
guineenses porque são obrigados a ficar dias para conseguir um simples
agendamento ou uma simples autenticação de documentos”
O MCCI
volta a criticar as recentes nomeações dos conselheiros e assessores do
primeiro-ministro.
Sana
Canté disse que a não revogação da decisão está a fechar os meios pacíficos
para resolver a situação.
“O
primeiro-ministro ainda não se pronunciou sobre a revogação exigida pelo MCCI.
Estamos aqui para mandá-lo recado de que ignorar as exigências do MCCI não o
irá ajudar em nada porque está a consubstanciar-se numa situação de fecho de
todas as possibilidades de diálogo”, disse.
Caso
Aristides Gomes não voltar atrás com a
sua decisão, Sana Canté disse que a sua organização vai accionar outros
mecanismos legais para fazer valer as suas exigências.
“O
despacho da nomeação absurda dos seus conselheiros tem que ser revogado, caso
não seja feito, dentro de alguns dias, o MCCI irá adoptar outros meios para
resolver esta questão”, anunciou Canté.
O
movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados já havia entregue uma carta ao Gabinete do Primeiro-ministro
através da qual exige a revogação do
despacho, agora surge contra o silêncio
do chefe do governo em relação às suas exigências.
O
primeiro-ministro, Aristides Gomes, tinha dito que as nomeações não acarretam
despesas ao Estado e que as nomeações iriam continuar pelo bem do país.
Trata-se
de nomeação de mais de 20 conselheiros e assessores do Primeiro-ministro, para
diferentes áreas de actividades, decisão criticada igualmente pelos partidos da
oposição.
Notabanca;
30.07.2019
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