CIPRIANO CASSAMÁ
ANUNCIA CANDIDATURA ÀS PRESIDENCIAIS DE NOVEMBRO
O presidente
da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, anunciou terça-feira,
em Luanda, que vai ser candidato às presidenciais marcadas para 24 de novembro
próximo.
Cipriano Cassamá, que falava aos
jornalistas após ter sido recebido em audiência pelo Presidente de Angola, João
Lourenço, indicou que, caso seja eleito, indicará o líder do Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, vencedor das legislativas),
Domingos Simões Pereira, para o cargo de primeiro-ministro.
"Depois de uma reflexão profunda, enquanto
primeiro vice-presidente do partido [PAIGC], decidi candidatar-me às eleições
presidenciais. Confirmo que sou candidato e serei candidato a essas eleições de
24 de novembro",afirmou Cipriano Cassamá.
A questão fora posta pela agência Lusa,
depois de Cipriano Cassamá, durante os trabalhos da IX Assembleia Parlamentar
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que terça-feira se
iniciou em Luanda, ter dito que não estaria presente na próxima reunião da
instituição, porque será, então, já Presidente da Guiné-Bissau.
Confrontado pela Lusa, Cipriano Cassamá
confirmou a candidatura e e não se mostrou preocupada com outras s candidaturas
vindas do próprio PAIGC, nomeadamente em relação a Domingos Simões Pereira, e a
do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, afastado em 2012, quando então
se preparava para a segunda volta das presidenciais desse ano.
"Domingos Simões Pereira é o presidente do
meu partido. Com ele tenho uma aliança. Eu desisti no Congresso de Cacheu
(2014). Fui com 379 delegados. Eu era candidato para ser presidente do partido.
Dado algumas considerações, desisti da minha candidatura, fizemos uma aliança e
ele é presidente do partido e continuo a ter muita confiança nele", explicou.
"Penso que, enquanto
Presidente da República, dentro de cinco a seis meses, ele voltará a chefiar o
Governo da Guiné-Bissau. Tudo farei, porque, neste momento, já temos apoios
internos no partido e ao nível das outras instituições da República. Penso que
quanto a Domingos Simões Pereira não haverá problema",acrescentou.
"Eu, enquanto candidato à Presidência da
República, ganharei as eleições e convidarei o presidente do PAIGC para assumir
o Governo", insistiu.
Em relação a Carlos Gomes Júnior e a
eventuais outros candidatos, Cipriano Cassamá foi mais evasivo.
"Quanto a outros candidatos, nós conhecemo-nos bem. Tudo o que fiz
durante estes cinco anos, fi-lo com sentido de Estado e de responsabilidade,
cumprindo o regimento da Assembleia Nacional Popular (ANP) e a Constituição da
República. Defendi o Estado da Guiné-Bissau e contra as pessoas que queriam pôr
em causa a normalidade constitucional", sustentou.
Questionado pela Lusa sobre a
possibilidade de um eventual adiamento do ato eleitoral, Cipriano Cassamá
declarou que não vê razões para tal e mostrou-se convicto de que a votação
ocorrerá na data marcada, no final de junho, pelo Presidente guineense, José Mário
Vaz.
"Da parte do PAIGC, dos
partidos políticos, da coligação [com maioria na Assembleia Nacional Popular],
e enquanto presidente do parlamento, pensamos que não há razões para o
adiamento dessas eleições. Falei com o Presidente de Angola e reafirmei o
pedido para continuarem a acompanhar a Guiné-Bissau, não só nos financiamentos,
mas em tudo o que é necessário para que as eleições se realizem e que não sejam
adiadas", respondeu.
Cipriano Cassamá lembrou que a
Guiné-Bissau contou com o apoio de Angola no processo que permitiu ao país
alcançar a paz, bem como a formação do novo Governo, liderado por Aristides
Gomes, durante a polémica em torno da nomeação de um novo chefe do executivo de
Bissau, que envolveu o Presidente guineense, José Mário Vaz.
Nas declarações aos jornalistas, a
segunda figura da hierarquia do Estado guineense teceu duras críticas ao chefe
de Estado guineense, acusando-o de estar a utilizar uma "interpretação pessoal da Constituição
da República".
"Não é nada normal. Penso que, quem conhece
bem a nossa Constituição, é clara, explícita e tem de se cumprir", disse, salientando que, na Guiné-Bissau quem
tem de governar é o executivo e não o Presidente da República.
Mais de três meses após as eleições
legislativas de 10 de março, José Mário Vaz rejeitou indigitar como
primeiro-ministro o presidente do PAIGC, que depois acabou por indicar
Aristides Gomes, então chefe do Governo cessante, para o cargo, o que o chefe
de Estado aceitou, mas sem nomear imediatamente o novo exexutivo.
O novo Governo foi nomeado a 03 de
julho, quase quatro meses depois das eleições legislativas, e no último dia do
prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Cipriano Cassamá referiu-se também à
nomeação do novo procurador-geral da República guineense, criticando novamente
José Mário Vaz, lembrando que o comunicado final da reunião de chefes de Estado
e de Governo da CEDEAO, realizada a 29 de junho na Nigéria, foi claro a esse
respeito.
"De acordo com o comunicado
dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, os partidos políticos com maioria
parlamentar proporiam três nomes. Dos três nomes, o presidente cessante [José
Mário Vaz] escolheria um. Mas fez tudo ao contrário. Isso preocupa-nos, e
esperamos que haja bom senso da parte dele e de todos nós para que a
Guiné-Bissau volte à estabilidade de uma maneira definitiva e que resgatemos a
nossa credibilidade ao nível nacional e internacional", concluiu.
Notabanca; 10.07.2019
Cade primarias?
ResponderEliminarO comité central decidirá qual dos potenciais candidatos terá o apoio do partido nas próximas presidenciais.
ResponderEliminarMpensa y simples pa DSP : suma de costume ,viola estatutu de partido de mesmo manera que fassido na indigitacon de atual primeiro ministru y ponto final. Y ,de restu ,aclama Cipriano como candidatu apoiadu pa Paigc . Balantas gora dibidi vota tudu contra Cipriano porque el ta sunha que extermio deles.
ResponderEliminarFulas tan dibidi segui Balantas, suma elis y primus ,vota conta Cipriano .
EliminarTribalista cuidado buna Dana terra Du pape k bu mame otario
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