
As
considerações foram feitas hoje em conferência de imprensa, pelo líder da
Bancada Parlamentar do PRS, Sola Nquilin Na Bitchita, que acrescenta que tal
atitude fragiliza a credibilidade do país junto dos parceiros internacionais,
dos quais depende a cobertura do défice orçamental em mais 50 por cento.
Qualificou
ainda o ato de “vergonhoso” e que contribuirá para piorar o relacionamento do
governo com os parceiros sociais, pondo em causa a estabilidade governativa,
paz social e desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Relativamente
as afirmações do primeiro-ministro, Aristides Gomes segundo as quais a maioria
dos Conselheiros nomeados não aufere os salários por serem beneficiários da
subvenção mensal vitalícia, enquanto titulares de cargos políticos, Sola
N´quilin Nabitchita considera essa justificação uma “ignorância” ou uma
intenção deliberada e maligna de enganar a opinião pública nacional e
internacional.
Afirma que
os conselheiros e assessores auferem de direitos e regalias equiparados
aos Secretários de Estado em função ou seja recebem um salário mensal
líquido de 1.320.000,00 fcfa, (um milhão e trezentos e vinte mil francos cfa)
cada, uma quantia superior as pensões e subsídios vitalícios que nomeados
auferem enquanto titulares dos cargos públicos.
Quanto a alegada extinção dos subsídios de
representação, desde setembro de 2018, referido por Aristides Gomes, no quadro
da implementação das medidas de reformas e de reajuste salarial, o líder do
Grupo Parlamentar dos renovadores disse que os mesmos foram incorporados ao
salario actual dos Secretários de Estado que passou de 405.600 francos CFAS
(quatrocentos e cinco mil e seiscentos francos fcfas) para 1.320 000,00 fcfa,
(um milhão e trezentos e vinte mil francos cfa) o valor que os recém- nomeados
Conselheiros e Assessores beneficiam por força do referido direito.
Por outro
lado, o Grupo Parlamentar afirmou que as nomeações feitas pelo chefe do governo
violam os princípios da razoabilidade e da racionalidade pressupostos basilares
de uma boa governação.
Disse que o
primeiro-ministro não necessita de ter 22 conselheiros e assessores, porque já
dispõe de um conjunto de conselheiros, nomeadamente ministros, Secretários de
Estados, Sindicatos e Empregadores que compõe as três categorias organizadas,
respectivamente em Conselho de ministros, Conselho Permanente de
Concertação Social e no Conselho Económico e Social.
Em relação a
distribuição de responsabilidade aos Conselheiros e Assessores o Grupo
Parlamentar detetou ainda a duplicação de funções nos sectores da Reforma Administrativa,
com cinco (5) titulares, da Defesa e Segurança com três (3) titulares e da
Comunicação Social também com mesmo número.
O líder do
Grupo Parlamentar do PRS aproveitou a ocasião para criticar as afetações que
considera “descabidas” que o Presidente da Assembleia Nacional Popular tem
feito, e disse que podem prejudicar o erário público, violando o número 1 do artigo 7 da lei
orgânica da ANP, que determina a composição do seu gabinete, apenas com 1
assessor de imprensa, contra mais de uma
dezena de assessores com que se conta actualmente.
“Assim
sendo, é importante que o PAIGC compreenda, uma vez por todas, que este país
não é sua propriedade privada e que deve ser viabilizado através de boas
práticas administrativas”, disse o líder do Grupo Parlamentar do PRS, Sola
Nquilin Nabitchita.
Notabanca;
16.07.2019
Sem comentários:
Enviar um comentário