Dezoito civis foram mortos numa dupla emboscada, com dois dias de intervalo, levada a cabo por homens armados na mesma localidade do centro do Mali onde atuam extremistas islâmicos, segundo fontes das autoridades locais e de segurança.
“Quarta-feira, 12 civis foram mortos por homens
armados na localidade de Tigula, na zona rural de Mondoro. Hoje, seis outros
civis que tentavam recuperar os corpos, foram mortos pelos mesmos homens”,
disse um responsável local de Mondoro, citado pela Agência France Presse (AFP)
sob anonimato.
O desenvolvimento dos acontecimentos e o balanço de
vítimas mortais foi confirmado por outro responsável local também citado pela
AFP.
“Na quarta-feira, um veículo armado que transportava alimentos explodiu próximo de Tigula, matando um militar. Tendo ouvido a explosão, os habitantes dirigiram-se para o local para socorrer os militares quando foram mortos por terroristas”, detalhou este responsável.
“Na quarta-feira, um veículo armado que transportava alimentos explodiu próximo de Tigula, matando um militar. Tendo ouvido a explosão, os habitantes dirigiram-se para o local para socorrer os militares quando foram mortos por terroristas”, detalhou este responsável.
Outros seis civis que na quinta-feira foram procurar o primeiro grupo de pessoas foram também “mortos pelos terroristas”, prosseguiu.
O balanço de 18 civis mortos foi igualmente referido por uma fonte dos serviços de segurança, que não confirmou, no entanto, a morte do militar.
“Colocaram minas nos corpos dos 12 civis. Não sabemos muito bem se foi quando tentavam recuperar os corpos que os outros seis civis foram mortos ou se foram executados como os outros”, disse a fonte.
Hoje foram enviados para o local investigadores para apurar “exatamente” o que se passou, adiantou outra fonte de segurança.
Grupos extremistas ligados à Al-Qaida assumiram o controlo do norte do Mali em 2012, motivando uma intervenção militar internacional, lançada em janeiro de 2013 por iniciativa da França.
Atualmente há zonas inteiras do país que continuam fora do controlo das forças malianas, francesas e das Nações Unidas, regulamente visadas pelos ataques, apesar da assinatura em 2015 de um acordo de paz.
Desde 2015, os ataques têm-se alargado ao centro e sul do Mali, bem como aos vizinhos Burkina Faso e Níger.
Além de uma série de ataques por grupos ‘jihadistas’,
o Mali tem visto um aumento dos conflitos intercomunitários, como o massacre em
Ogossagou, que causou a morte de pelo menos 157 pessoas no final de março. Onde
também, o tráfico de drogas fala maios alto.
Notabanca; 04.05.2019
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